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19/10/2015
União entre Executivo e Legislativo garante compra de centrífuga ao Banco de Sangue
A situação do Banco de Sangue com relação aos entraves financeiros continua em aberto, pois mesmo com as promoções, há ainda muito trabalho a ser feito
A situação do Banco de Sangue com relação aos entraves financeiros continua em aberto, pois mesmo com as promoções, há ainda muito trabalho a ser feito
Repetindo uma ação que soma esforços e solidariedade, o presidente do Poder Legislativo, vereador Fernando Barp, ladeado pelo prefeito Paulo Polis e o administrador judicial provisório do Banco de Sangue, Jackson Arpini, assinou na manhã desta segunda, 21, no Gabinete do Executivo, o repasse de R$ 30 mil, oriundo do Legislativo, que será destinado ao Banco de Sangue de Erechim para a aquisição de Equipamentos e Materiais Permanentes.
Este valor, somado ao repasse anterior do Executivo, também no valor de R$ 30 mil, mais o rol de ações realizadas pelo próprio banco de sangue e doações de diversas empresas, cooperativas, institutos locais e parcerias, irá possibilitar a compra de uma centrífuga refrigerada nova, antiga prioridade da entidade, que vai garantir a independência do município de Passo Fundo e atender a demanda local e regional.
Na oportunidade, Polis fez um relato desde as primeiras medidas que foram levantadas para que se buscasse amenizar a situação do Banco de Sangue que acumula uma dívida de mais de um milhão de reais com relação ao INSS - classe patronal.
Para amenizar a situação, Jackson Arpini que já tem grande atuação no Conselho Municipal de Saúde, CEREST e para a vinda do Curso de Medicina para o município de Erechim foi convocado pelo próprio prefeito para que encontrasse caminhos viáveis e possíveis para amenizar a situação que se agravava a cada dia.
Além da dívida, que será discutida na esfera judicial, Jackson foi em busca de recursos através de diversas parcerias, entre eles os Poderes Executivo e Legislativo para adquirir a centrífuga, um equipamento importando, com tecnologia de ponta que, neste momento, é prioridade máxima. Após o sinal positivo de várias empresas, pedágio e outras ações, somados aos R$ 60 mil dos dois Poderes, se concretizou a compra da centrífuga que estará entrando em funcionamento, provavelmente, no mês de novembro deste ano.
Com a aquisição da centrífuga o Banco de Sangue passa a produzir o concentrado de plaquetas, que estava sendo fornecido pelo Hemocentro Regional de Passo fundo, o que nos torna independentes no processamento de sangue, componentes e derivados – uma grande conquista coletiva. Jackson lembra que o preço inicial de equipamento era de R$ 220 mil, mas se trabalhou muito na renegociação do valor, chegando na casa de R$ 168 mil. “Uma grande vitória para a cidade, para a entidade e, em especial, para a comunidade de Erechim e região que passa a contar com serviços hemoterápicos com agilidade e presteza, importante no momento de salvar vidas.” Arpini ressalta que os desafios continuam no propósito de substituir outros equipamentos que estão há muito tempo em uso como: geladeiras específicas de sangue e plasma, hematócrito, homogeinizadores de sangue, entre outros, equipamentos estes, que pela tecnologia, dependem de valores significativos.
Jackson, Polis e Barp destacaram, na oportunidade, que a situação do Banco de Sangue com relação a dívida patronal continua em aberto, pois mesmo com as promoções e parcerias há ainda muito trabalho a ser feito a partir de agora. “Garantimos a compra da máquina que era uma prioridade, mas continuamos com a dívida patronal que deve ser paga para garantir a tranquilidade e continuidade dos trabalhos”, pontuou Polis.
Saiba mais
O Banco de Sangue, que está atuando em Erechim e região desde 1988, é uma entidade privada, sem fins lucrativos, ou seja, seus diretores atuam sem receber nenhuma remuneração financeira, é a única instituição que atua no ramo dos Serviços Homeopáticos da Região 16 – Alto Uruguai Gaúcho, fornecendo sangue, componentes e derivados aos prestadores de serviço de saúde e, consequentemente, à população que necessita de sangue.
Atua na região há mais de duas décadas e está, atualmente, enfrentando sérias dificuldades na esfera econômica, técnica e financeira, o que está colocando em risco a manutenção e operacionalidade.
“Constituímos um grupo de trabalho, formado por representantes das entidades que integram à Associação, para, de forma colegiada e incansável, buscar soluções favoráveis à manutenção dos serviços de Erechim e região. Para tanto, pela complexidade e gravidade da situação, precisamos atuar em várias frentes de trabalho que passam em síntese, pela readequação dos estatutos, enfrentamento da dívida na esfera judicial, aprimoramento da gestão, e tentar viabilizar o encaminhamento da filantropia, o que aliviaria, em muito, as responsabilidades tributárias”, lembrou Arpini.
O Banco de Sangue se mantém unicamente com recursos oriundos do Sistema Único de Saúde, dos prestadores de serviços de saúde, convênios e de repasses importantes da AMAU, recursos estes, muitas vezes, insuficientes para fazer frente às despesas.