A prefeitura de Erechim adota o serviço de fresagem para se antecipar ao surgimento de novos buracos nas ruas do município. O novo método de trabalho substitui o tapa-buracos tradicional, dando melhor qualidade e durabilidade às áreas consertadas. Com a fresagem, o asfalto que começa a apresentar rachaduras é cortado e, posteriormente, é aplicado um asfalto novo.

O secretário municipal de Obras, Jorge Psidonik, destaca que o serviço é mais lento do que o tapa-buracos tradicional, que é feito de imediato. Por outro lado, ele justifica que com a fresagem a situação da rua pode ser resolvida por meses.

“Com o tapa-buracos tradicional é só chegar no local, despejar a massa e compactar. Em minutos se faz. Mas ao vir a primeira chuva, geralmente as áreas periféricas do remendo abrem novos buracos. Em resumo, com esse método ficamos consertando várias vezes o mesmo lugar, e as ruas viram um chão remendado. Não fica bom e não resolve”, afirmou.

Com o método da fresa, o resultado é diferente. “Com a fresa, nós vamos até a rua e cortamos a área que apresenta fissuras e rachaduras, que é onde haverá o buraco da próxima chuva ou do próximo inverno. Removemos a parte com início de formação de buracos e também parte da área periférica dela. É mais demorado e por vezes precisamos deixar o recorte sem cobrir por alguns dias. Mas depois de asfaltarmos, não há infiltrações nem surgimento de buracos vizinhos”, comparou.

O secretário, entretanto, esclarece que a fresagem é utilizada em asfaltos que estão apenas apresentando rachaduras. Como é o caso das avenidas José Oscar Salazar, nas Três Vendas, e Germano Hofmann e Pedro Pinto de Souza, no Centro, que receberam correções com fresagem nas últimas semanas.

“Em ruas que estão totalmente remendadas e que frequentemente estão esburacadas, como por exemplo Machado de Assis, José do Patrocínio, Farrapos e João Batiston, não adianta fazermos fresagem. Para ruas nesta situação, a única solução é colocar novo asfalto. Essas são algumas das que incluímos no novo contrato do Programa de Rotas Otimizadas de Erechim (PRO-Erechim), para que toda pavimentação seja refeita”, disse Jorge.

Jorge aponta também que há entendimento equivocado quanto ao método da fresagem. Segundo ele, muitos não entendem os critérios para a remoção, nem os motivos para intervir em pontos que supostamente estão em boas condições. Porém, ele esclarece que o asfalto dá sinais de ter trechos condenados muito antes de apresentar o primeiro buraco.

“Muitos me perguntam 'por que estão abrindo buracos onde não tem? Por que, em vez disso, não fecham os que já estão abertos?' Mas fazemos a fresagem justamente para evitar que a rua venha a ter buracos. Cada situação tem a solução mais indicada. Quando a rua começa a apresentar textura rachada, semelhante à pele de um lagarto, o asfalto indica de que em alguns meses irá esfarelar. Não há o que fazer, a não ser remover. São nesses pontos que temos que agir com antecipação”, explica.

Nesta segunda-feira, 9, a fresagem está sendo realizada na Rua Polônia para posteriormente seguir para a Av. Santo Dal Bosco.