A URI Erechim sedia até quinta-feira (18) o VII Congresso Sul-Americano da Erva Mate e III Simpósio Internacional da Erva-Mate e Saúde e I Feira de Tecnologia da Indústria Ervateira. O e evento foi aberto nesta terça-feira (16), às 9h30m, no Salão de Atos, com representantes dos países produtores e consumidores de erva-mate na região do Mercosul, América do Norte, além de autoridades locais e estaduais. Entre os mais de 500 participantes estão várias universidades da América do Sul e América do Norte.

Abertura:

Participaram da abertura oficial: Prefeito Luiz Francisco Schmidt; professor Paulo José Sponchiado, Diretor-Geral da URI Erechim e presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento do Norte; Leonir Favreto, coordenador regional da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo; Gilberto Tonello, gerente regional da Emater-RS/Ascar; Álvaro Pompermayer, Presidente SINDIMATE-RS (Sindicato da Indústria do Mate no Estado do Rio Grande do Sul); Valdir Zonin, mui digno presidente do IBRAMATE; Leandro Gheno, mui digno presidente da Câmara Setorial Erva-Mate; Adelar Parmegiani, mui digno presidente do SICREDI Norte RS/SC; professora Alice Valduga, coordenadora do Seminário Sul-Americano da Erva-Mate.

Coordenadora do VII Congresso:

A coordenadora Alice Valduga disse na abertura da programação que a erva-mate se encontra na posição privilegiada de ser um produto com a capacidade de num momento difícil unir forças, principalmente do conhecimento, para tratar do desejo de melhoramento genético e ampliar a característica principal dela que é a infusão.

- A URI ao completar 25 anos no dia 19, está em fase para receber carinhosamente a sociedade regional, estadual, do Brasil, da América do Sul, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, pesquisadores, estufantes, industrialistas, produtores, professores e público em geral para juntos compartilharmos conhecimento, trocar informações sobre uma espécie vegetal, a erva-mate, de relevância social e cultural para um grande contingente de pessoas que estão envolvidas com essa espécie.

- Fazer evoluir a cadeia da erva-mate em momentos difíceis só será possível unindo forças, principalmente pelo conhecimento. Para ousar é necessário empenho. O empenho é feito de estudo. O estudo remete para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Estamos aqui iniciando o VII Congresso Sul-Americano devotado a uma espécie vegetal, a erva-mate. Que com seus aspectos qualitativos e características nutricionais tem agregado consumidores de diversos países. Com essa força motriz, nos últimos anos as pesquisas com a erva-mate tem aumentado consideravelmente de forma exponencial. Estudando os hábitos e costumes dos nativos, com apenas duas décadas passadas nos interessamos em aprofundar estudos sobre o cultivo e manejo, a composição química da erva-mate, às formulas, os processamentos e a possibilidade de novos produtos

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- A URI quando ainda pequena aos 40 anos de fundação, já sediava os encontros para discutir a cadeia produtiva da erva-mate, dessa forma vimos a pesquisa evoluir embora estar parada há muito tempo. O conhecimento a cerca dos metabólicos primários e secundários, bem como os elementos químicos que compõem a folha da erva-mate são objetos de estudo. Não apensas aqui, mas o mundo passou a conhecer essas propriedades. E isso é objeto de pesquisa em várias linhas. Que vai desde os aspectos primários, como o manejo, assim como os aspectos industriais, de qualidade e também no melhoramento genético e dos seus derivados. Das possibilidades para que a erva-mate vá além da cuia do chimarrão. E também não podemos deixar de lado a segurança alimentar. A publicação de estudos faz o mundo conhecer a espécie e a possibilidade de atingir outros mercados.

Prefeito de Erechim

Prefeito Luiz Schmidt saudou os visitantes citando algumas passagens de um texto do poeta e músico mexicano Ernesto Cortazar, que trata do amor e das perdas. Ele resgatou o período de conflitos entre os mesmos países que hoje se aproximam para agregar conhecimento sobre a erva-mate e a cultura que ela carrega como elemento agregador de nações, como é o caso de Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Brasil. “Avançamos nas relações por ações cooperadas e conseguimos avançar também sobre nossos conflitos internos a respeito do consumo da erva-mate - com açúcar e sem açúcar”, explicou. Na avaliação do prefeito o que está acontecendo com o cultivo da erva-mate é o avanço genético que direciona ela para o consumo na forma de chá, cosméticos, e outros. Erechim está feliz com o Congresso Sul-Americano e com a URI por reunir quem tem interesse pelo cultivo, pelo cultivo e pelo uso. Quem se interessa pelo bem de uso medicinal da erva-mate está em Erechim participando do VII Congresso Sul-Americano da Erva-Mate. “Quem sabe não transformemos a erva-mate na grande infusão mundo, como ocorreu com o chá da índia!, resumiu.

Diretor-geral da URI

O diretor da URI Paulo José Sponchiado destacou que o Congresso vai contribuir muito para a reflexão, difusão do conhecimento, gerado pelas investigações na área da erva-mate, visando intercâmbio e a expansão do saber. Ele cumprimentou a organização pela escolha de um tema que vai dar magnitude a erva-mate. Lembrou dos apoiadores e patrocinadores, sempre importantes em eventos com a magnitude do VII Congresso Sul-Americano da Erva-Mate. Informou que a URI completará 25 anos no próximo dia 19, num período de construção e consolidação de uma universidade comunitária, constituída para o desenvolvimento regional. Para ilustrar a convergência do interesse na erva-mate por países conflitados num passado não muito distante, o diretor citou à reflexão do líder negro Martim Luther King a respeito da relação entre brancos e negros na América: “Nós não somos o que gostaríamos