Prefeitura Municipal de Erechim - Evento promovido pela Secretaria de Saúde esclarece sobre o suicídio

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19/09/2018

Evento promovido pela Secretaria de Saúde esclarece sobre o suicídio


A cor amarela, símbolo do mês de setembro, deu o tom da tarde desta terça-feira (18) em Seminário promovido pela Secretaria de Saúde, por meio do Centro de Atenção Psicossocial - CAPS II, na Câmara de Vereadores de Erechim.  O foco de palestras, debate e de caminhada pela Avenida Maurício Cardoso foi a prevenção ao suicídio.


Na abertura do evento, os pronunciamentos corroboraram para enfatizar a necessidade da iniciativa. A Diretora de Saúde Mental Vânia Campos destacou que “o assunto é pertinente, quando discutimos e informamos colaboramos para que deixe de ser um tabu na sociedade”. E Andressa Almeida, chefe de equipe do CAPS II, completou alertando: “os CAPS estão sempre de portas abertas para qualquer pessoa que precisa, não é exigido agendamento, queremos é ajudar”.


A autoridades, usuários dos CAPS, familiares, servidores das Secretarias e demais convidados do “Seminário Prevenção ao Suicídio” foram expostos pontos importantes relacionados a este problema de saúde com o objetivo de alertar a todos sobre a necessidade de desmistificá-lo. Dados apontados pela psicóloga Silvana Kirsten Zill, palestrante convidada, mostraram um pouco do cenário geral da problemática.


Segundo levantamentos de diferentes órgãos o suicídio é a quarta maior causa de morte entre os jovens, o Sudeste e o Sul do País concentram o maior índice de ocorrências e no ano passado 11 mil pessoas tiraram suas vidas. Segundo a 11ª Coordenadoria de Saúde, em 2017 em Erechim 15 pessoas cometeram suicídio. “Em meio a este cenário temos a comprovação do trabalho feito nas unidades de atendimento. Os números mostram que aonde há CAPS consegue-se diminuir a incidência de suicídios”, completa Silvana Kirsten Zill.


As colocações do outro palestrante convidado, o psiquiatra Anderson Madalozzo, esclareceram ainda mais sobre as particularidades do tema. Ao falar que a mobilização em relação ao problema vem aumentando e que este é um ponto positivo a ser considerado, o profissional pontuou: “esses dramas pessoais precisam ser expostos, devemos falar sobre o assunto e assim sensibilizar as pessoas, isso influencia positivamente no contexto”. O psiquiatra observou que o processo do suicídio é complexo, sofre interferências de ordem interna e externa e que cada ser humano lida com elas conforme suas condições. “Precisamos nos alertar para os sinais de sofrimento como desesperança, mudanças bruscas de comportamento e tristeza constante. Os transtornos mentais estão ligados a 90% das pessoas que tiram suas vidas”, finaliza Anderson Madalozzo.