Prefeitura Municipal de Erechim - Café da Prevenção marca ação do município no Novembro Azul

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23/11/2018

Café da Prevenção marca ação do município no Novembro Azul

 

 

Com a presença do prefeito Luiz Francisco Schmidt, dos secretários municipais, vereadores, lideranças políticas, empresariais, cooperativas, médicos, imprensa e demais convidados, ocorreu, na manhã desta sexta-feira, 23, no Clube do Comércio, o Café da Prevenção, oportunidade em que mais de 350 pessoas estiveram presentes.

O evento foi uma promoção do município, através da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o Clube do Comércio e Rádio Difusão. A atividade é alusiva ao mês Novembro Azul, voltado à prevenção do Câncer de Próstata e contou com a palestra do Médico Urologista Dr. Cláudio Teloken.

O evento contou, ainda, com o apoio da Unicred Erechim, Centro Hospitalar Santa Mônica, URI Campus de Erechim e Graffoluz, oportunidade em que o profissional abordou prevenção, sintomas, detecção precoce, diagnóstico e tratamento.

Nas manifestações, o presidente do Clube do Comércio, Luiz Badalotti destacou que a ideia nasceu de uma conversa com o secretário Jackson Arpini, numa integração do clube com o tema. “Um momento de dar a nossa contribuição à comunidade”.

O secretário de Saúde Jackson Arpini enalteceu o acolhimento que teve na capital do Estado quando da formalização do convite. Destacou o reitor da URI Arnaldo Nogaro pela parceria, as suas iniciativas e o curso de Medicina. “As ações nos edificam para novas parcerias”. Também pontuou a cada um dos parceiros que tornaram o momento uma realidade.

Em sua manifestação, o prefeito Luiz Francisco Schmidt lamentou que mais de 90% dos integrantes dos grupos de terceira idade são mulheres, fato que indica que os homens não se cuidam. Destacou a necessidade da realização de outras palestras de conscientização para que os homens tenham ciência da importância do exame de próstata. “estamos, sempre, prontos para aprender”.

Por sua vez, Cláudio Teloken ressaltou que nunca tinha visto uma comunidade tão unida em um tema tão importante, como presenciou em Erechim. “Isto demonstra o que é a comunidade, da busca da melhor qualidade de vida. Uma cidade e região que renasceu com a vinda do curso de Medicina na URI”.

Conforme ele, o evento de Erechim estará junto aos anais da Academia Riograndense de Medicina. “Existem muitas pessoas neste Rio Grande afora que, embora tenham muito conhecimento, não se submetem ao exame, seja por preconceitos ou mitos e tabus pré-estabelecidos.

Nos trabalhos, Cláudio pontuou os fatores de risco, como a idade, etnia, histórico familiar, mutações genéticas, etilismo, obesidade e outros fatores.

No Brasil são 68 mil casos em cada ano, sendo que 20% são diagnosticados com a doença avançada. “A mortalidade está diminuindo com a realização de campanhas, mas as mulheres estão à frente dos homens quando o tema é a prevenção. Nos homens o câncer que mais mata é o de pulmão, fato que lamentados o uso, nos dias de hoje, do cigarro eletrônico”.

“Muitos acham o exame do toque invasivo, doloroso e humilhante, o que é um grande mito. O PSA não é o exame, é muito fraco, pois a pessoa necessita ter o acompanhamento do médico, principalmente porque nem todo o câncer precisa ser tratado”, alerta ele aos presentes.

A ação em parceria com outras entidades visou trazer o assunto para o debate, no propósito de conscientizar o público masculino da relevância dos exames preventivos e recomendados a partir da idade.

O câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.