Prefeitura Municipal de Erechim - O Novo Coronavírus e os cuidados com os animais de estimação

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18/09/2020

O Novo Coronavírus e os cuidados com os animais de estimação

O Novo Coronavírus e os cuidados com os animais de estimação



O novo coronavírus já contaminou milhões de pessoas em todo o mundo. A hipótese mais aceita é de que a transmissão para humanos tenha começado em um mercado de animais na China.

O vírus, inicialmente em um morcego, teria saltado a um hospedeiro intermediário — possivelmente os pangolins —, antes de chegar a pessoas.

Ainda é incerto o grau de infecção que a covid-19, doença causada pelo vírus que se espalha pela humanidade, pode ter em outras espécies de animais. Já foram identificados casos em gatos, cachorros, tigres e leões.


Neles, os sintomas foram de distúrbios respiratórios leves a perda de apetite. Um dos cachorros, de Hong Kong, morreu depois de se curar da doença, dois dias depois de ser liberado da quarentena imposta por autoridades sanitárias. A causa de morte, no entanto, não foi determinada porque a dona do animal não deixou que uma autópsia fosse feita.


No passado, outros tipos de coronavírus infectaram mamíferos e pássaros, de espécies domésticas ou selvagens. Em muitos casos, foi o homem quem levou a doença para os animais.


A contaminação em animais domésticos


Estudos apontam que a covid-19 infecta as células ligando-se a uma proteína chamada ACE2. Ela está presente em todo o reino animal e é responsável por regular a pressão arterial do corpo. Cada espécie tem essa estrutura em um arranjo diferente, e a dos humanos é a que, até o momento, parece melhor se “encaixar” às superfícies do novo coronavírus, o que facilita a contaminação.


Animais que têm essas estruturas similares às do homem, como gatos e primatas, estão mais suscetíveis à infecção por covid-19. Uma pesquisa feita com ratos, cuja ACE2 difere bastante do humano, mostrou que eles eram mais resistentes e só adoeceram do novo coronavírus quando foram geneticamente alterados para expressar a ACE2 humana.


Linda Saif, virologista e especialista em coronavírus em animais da Universidade Estadual de Ohio, afirma que a ACE2 não define sozinho qual espécie têm maiores riscos de infecção. Novos estudos contribuem para um debate ainda incerto.


Uma das pesquisas aponta que cães, cujas estruturas ACE2 são bem diferentes das dos humanos, também são vulneráveis à covid-19. A hipótese é de que, por conviverem com maior proximidade do homem, eles recebem maiores cargas virais, e assim têm mais oportunidades para contrair a doença.


Animais de fazenda, como gados e aves, sofrem mais com tipos específicos de coronavírus, causadores de diarreias e desidratação. Nenhum caso da covid-19 foi registrado nesses animais, e estudos apontam que o novo vírus tem dificuldade para se replicar em galinhas e porcos.


A principal atitude para proteger animais de estimação na pandemia é garantir que o animal respeite as medidas de isolamento social, mantendo-no dentro de casa — especialmente se o dono estiver doente ou apresentar sintomas — e limitando a interação com outros animais quando sair para passear.

Uma pesquisa (ainda sem revisão de pares), no entanto, atestou a transmissão de gato para gato em ambiente de laboratório — o que não garante que o comportamento do vírus seja igual no mundo real.


Mesmo assim, se entrar em contato com o animal, o vírus pode ficar nos pelos e patas. Uma dica é vestir o pet com uma camiseta quando for passear para evitar que ele encoste no chão ou em outras superfícies.


A recomendação é sempre limpar o pet antes de entrar em casa depois de passeios. Não se deve, no entanto, usar álcool em gel ou detergente, uma vez que esses produtos podem causar queimaduras e alergias no animal. O mais recomendado é lavar com água morna e sabão, sabonete líquido para criança ou shampoo pet.