Prefeitura Municipal de Erechim - Palestrantes falam sobre linhas de financiamento da Finep e Lei do Bem

https://www.pmerechim.rs.gov.br//noticia/18076/palestrantes-falam-sobre-linhas-de-financiamento-da-finep-e-lei-do-bem

26/05/2023

Palestrantes falam sobre linhas de financiamento da Finep e Lei do Bem

"O apoio é personalizado conforme o grau de inovação e de risco, e se dá inclusive durante os períodos mais críticos", disse, Eliara Baú, à plateia de empresários, ao lado do gerente interino da regional sul da FINEP, João Florêncio da Silva

A Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim (ACCIE), com apoio da Prefeitura de Erechim, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, promoveu, na noite de quinta-feira (25 de maio), palestras voltadas às empresas para financiamento à inovação com incentivos fiscais. Entre os temas estavam: Finep – Novas condições de financiamentos subsidiados para apoio à inovação e a Lei do Bem – Incentivos fiscais à inovação tecnológica.

Na abertura do evento, o presidente da ACCIE, Darlan Dalla Roza, destacou que a Finep é uma importante ferramenta de fomento à inovação. “Sabemos que o futuro das empresas dependem da inovação e a criação de novos produtos para a sua sobrevivência a longo prazo”, comentou. Segundo ele, sabe-se que o conhecimento e a informação dobram a cada ciclo. Na década de 60, era a cada 30 anos, hoje, o conhecimento dobra a cada dois anos. “Então, inovar é uma questão de sobrevivência para todas as nossas empresas. Sabemos que 50% do faturamento que teremos daqui dois ou cinco anos são de produtos que ainda não foram criados. Portanto, a inovação faz parte de todas as empresas”, ressaltou Darlan. Por fim, ele afirmou que a ACCIE, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, quer fomentar ainda mais o setor público e privado para o desenvolvimento e inovação.

O presidente da Câmara de Vereadores, Sérgio Bento, ressaltou a importância do evento para o município. E o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Emerson Schelski, falou que o Centro de Inovação e Tecnologia do Município que está funcionando dentro da ACCIE, com projetos para desenvolver startups. “Há inovação da gestão pública, porque mais de 72% dos serviços públicos ao contribuinte já estão informatizados. Ainda há os projetos futuros de inovação e desenvolvimento”, disse. Segundo ele, é objetivo é fomentar, junto com a ACCIE, cada vez mais a inovação e tecnologia dentro do município

FINEP

Foram palestrantes pela Finep o gerente interino da regional sul da Finep, João Florêncio da Silva; Eliara Bau e Luiza Fonseca da Silva, sócias da Oslum Consultoria Empresarial e a Gerente Financeira da Olfar, Elisete Zin.

A sócia da Oslum Consultoria, Eliara Baú, iniciou fazendo uma apresentação da sua empresa, que tem foco na captação de recursos, por meio da formulação de projetos para acessar recursos de instituições financeiras como Finep e BNDES; e, concessão de incentivos fiscais para empresas que realizam investimentos na implantação ou expansão de unidades industriais; e avaliações econômico-financeiras para suporte à tomada de decisão e gestão de negócios.

Ela apresentou os principais programas e linhas de financiamento para inovação da Finep. “O apoio é personalizado conforme o grau de inovação e de risco, e se dá inclusive durante os períodos mais críticos”, disse à plateia de empresários, ao lado do gerente interino da regional sul da FINEP, João Florêncio da Silva, que explicou que a empresa financia diversos itens, como máquinas, equipamentos (mesmo importados) e equipe própria. “O impacto e o ineditismo da tecnologia determinam a taxa de juros. Quanto mais inovador o projeto, maior o apoio”, completou.

LINHAS DE FINANCIAMENTO

Entre os critérios da Finep para financiamentos de inovação para as empresas e/ou para o mercado estão a concepção de novo produto, processo de fabricação ou serviço. “Aprimoramento de produto ou processo, contemplando novas funcionalidades, tecnologias ou características que impliquem em melhorias e efetivo ganho de qualidade ou produtividade; implantação de parques tecnológicos; estruturação e consolidação dos processos de pesquisa e o desenvolvimento do mercado”, disse João.

Durante a palestra, Eliara explanou sobre a importância do projeto, os principais itens financiáveis, que vão desde equipe própria, softwares, obras civis e instalações, máquinas e equipamentos nacionais e importados, aquisições de empresas para absorção de tecnologia, produção pioneira e comercialização até matérias primas, serviços de terceiros, consultorias, testes, logística, distribuição e marketing. Também falou das garantias, linhas de enquadramento e condições operacionais.

O Gerente Interino da Regional Sul da Finep, João Florêncio da Silva, apresentou as linhas especiais de financiamento e enalteceu que as taxas de juros como as menores do mercado. A gerente financeira da Olfar, Elisete Zin, apresentou o case da Olfar que está sendo financiado pela Finep.

LEI DO BEM

O evento desta quinta-feira (25) também contou com uma palestra sobre os mecanismos de incentivo à inovação pela Lei do Bem, apresentada pelos sócios da BSR Consultoria, uma empresa de soluções jurídicas em direito tributário, Andre Ribeiro, Braulio Birnie e Luis Felipe Scheid. Um dos pontos da Lei do Bem trata de incentivos à inovação tecnológica, com o objetivo de estimular empresas a realizar atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I).

Segundo os palestrantes, a Lei nº 11.196/05, regulamentada pelo Decreto nº 5.798/06, foi criada visando os seguintes objetivos: incentivar investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; fomentar a competitividade das empresas; gerar novos conhecimentos, produtos e processos; apoiar as fases de maior incerteza dos projetos (risco tecnológico); e, promover melhorias com ganhos de qualidade e produtividade.

O mecanismo abrange pesquisa básica, aplicada e desenvolvimento experimental. Em empresas, é comum a realização de atividades de engenharia, não abarcadas pela lei. “É sobre os dispêndios realizados com atividades que tragam riscos tecnológicos que é aplicado o incentivo, não à inovação em si”, explicaram.

GASTOS PERMITIDOS E NÃO PERMITIDOS

Os especialistas apresentaram os gastos permitidos e não permitidos. Entre os permitidos estão: Pessoal (RH): salários, encargos e benefícios; serviços de terceiros (ME, EPP, universidades, institutos de pesquisa); serviços de apoio técnico e tecnologia industrial básica; capacitação técnica; materiais: aplicados na pesquisa, elaboração dos protótipos, amostras e modelo piloto; e outros dispêndios: viagens, feiras, etc.

Entre os que não são permitidos estão: obras civis; subvenções econômicas; dispêndios não operacionais, como trabalhos administrativos e financeiros; serviços de P&D por grandes empresas (transferência da execução de pesquisa); e encargos de depreciação ou amortização de bens destinados à utilização nas atividades de Inovação Tecnológica.

Os benefícios concedidos por meio do art. 19 da Lei nº 11.196/2005 incluem: Redução de 50% do IPI na aquisição de bens destinados à PD&I; Depreciação Acelerada Integral de bens novos destinados à PD&I; Amortização Acelerada de bens intangíveis destinados à PD&I; e Redução a zero da alíquota do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) nas remessas de recursos financeiros para o exterior destinados ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares.

Depois das palestras foram respondidas perguntas aos presentes.