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25/11/2008
Natal - Principais etnias estão representadas na Praça da Bandeira
Natal - Principais etnias estão representadas na Praça da Bandeira
Um dos pontos de maior convergncia do pblico durante a programao natalina a Praa da Bandeira, que recebeu uma decorao especial nesta edio do Natal Erechim Cidade dos Povos. Alm do show proporcionado pelo chafariz, e a bela decorao e iluminao, a comunidade pode visualizar e eternizar atravs de fotografias o Castelinho a Prefeitura Municipal.
Na Praa da Bandeira tambm esto representadas as etnias com maior representatividade no municpio, que aportaram em Erechim no incio do sculo 20. A cultura do Natal de Alemes, Italianos, Israelitas, Poloneses e Brasileiros, foi pesquisada pela responsvel pelo projeto artstico do Natal Rosane Cechet, e retratada em quatro grandes pinheiros e no Menor (candelabro mstico do povo judeu).
Natal das Famlias Alems
O Advento nas famlias alems era feito de acordo com os costumes da regio da Alemanha da qual vieram os imigrantes. A saudade da ptria que deixaram fazia com que se mantivessem os costumes. Para as crianas o Natal era a festa mais importante do ano. Contava-se os meses e os dias que faltavam para a sua chegada.
Um dos principais costumes era a confeco de uma Coroa de Advento, feita de cipreste, enfeitada por uma faixa de seda vermelha, sobre a qual eram colocadas quatro velas. A cada semana do Advento era acesa uma vela, enquanto se cantava e fazia oraes. A me costumava costurar roupas para toda a famlia e fazia bolachas de mel. Tambm, brinquedos eram feitos ou consertados pelo pai, pois no princpio comprar brinquedos era muito difcil.
Na semana de Natal cortava-se um pinheiro, que era enfeitado com cordes dourados e prateados, algodes (representando a neve) bolas e outros enfeites feitos de palha e vime. Embaixo do pinheiro colocava-se um prespio, ao redor do qual era feita uma paisagem em miniatura, com casinhas, pontes, montanhas rios e lagos. Os lagos eram feitos com espelhos, onde eram colocados patinhos. Na noite de Natal a famlia sentava diante do pinheiro. O pai lia a histria do nascimento de Jesus, a famlia cantava hinos natalinos e fazia oraes. Ento, eram entregues os presentes e logo aps fazia-se a ceia de Natal.
Natal das Famlias Italianas
O Natal na Itlia cheio de tradio ligada ao significado religioso. Um dos aspectos mais caractersticos o Prespio feito em muitas casas. O primeiro Prespio foi montado por So Francisco de Assis e retrata o nascimento de Jesus, na manjedoura. Nos dias anteriores a grande festa, as famlias preparam a rvore de Natal e o prespio.
Na noite de Natal todos se renem ao redor da rvore para rezar e trocar presentes. A ceia de Natal, servida logo a seguir preparada com antecedncia, e repleta de pratos gostosos que variam de regio para regio, como o cabrito assado e o peru. As avels, nozes e o vinho so servidos na noite de Natal porque na Itlia muito frio nesta poca e estas iguarias servem para dar mais energia e calor. Panetones, torrones e bolachas fazem a festa das crianas.
A meia noite celebrada a Missa do Galo, anunciando a chegada do menino Jesus. As comemoraes encerram dia 6 de janeiro com a "Festa da Epifania", dia em que os reis magos deram os presentes ao Menino Jesus. Somente aps este dia o prespio desmontado.
O Natal para os italianos um momento de reflexo e perdo,
recolhimento e aconchego com a famlia. No Brasil, esta tradio comeou a se expandir aps a Segunda Guerra Mundial, com os primeiros imigrantes.
Natal das Famlias Polonesas
De todas as comemoraes natalinas, a tradio mais forte entre as famlias polonesas a partilha do Oplatek. Na Ceia de Natal Wieczerza Wigylijna o Oplatek repartido em famlia, seguindo um ritual em que as pessoas se felicitam e tambm pedem perdo pelas suas falhas com o outro. O costume da partilha do Po, durante a ceia de Natal, no s une as pessoas entre si, mas destaca tambm, as suas ligaes com todos os seres espirituais. A partcula com cenas do nascimento de Jesus, acompanha os cartes de Feliz Natal.
O pinheirinho de Natal Choinka (leia-se: roinca) enfeitado pelas famlias polonesas com bolachas caseiras, enfeites de papel e de palha de trigo, balas, bombons, frutas, pinhas de rvores, algodo nos galhos e um cometa na ponta.
Sob a rvore, era montado o prespio Szopka (leia-se: chopka), com as figuras tradicionais da festa. H na Polnia, o costume de construir Prespios reproduzindo a arquitetura da cidade, agregando luzes e movimento. A regio que traz mais forte esta tradio a de Cracvia, onde acontecem concursos entre seus famosos fabricantes artesanais.
Entre o Natal e o Dia de Reis, os Kolednicy (leia-se: colendniti), cantores trajados segundo a tradio polonesa visitam as casas, acompanhados de algumas figuras que representam a vida, a morte, a fertilidade e a pureza. Entoam as Kolendas (leia-se colendas) que so canes especificas de saudao em honra ao Deus Menino, a So Jos, Nossa Senhora e demais personagens. Estas canes nasceram no meio do povo e foram, mais tarde, adotadas pela nobreza, que preferiram s suas, por serem mais autnticas e alegres. So cantadas at hoje pelas famlias, em reunies de amigos e por grupos que vo s casas no perodo do Natal.
Outra tradio importante so os coraes de mel, com os quais as pessoas presenteiam umas s outras declarando que as amam. Neste corao est a expresso Wesolych Swiat (leia-se: Wessouik Siviont) que literalmente quer dizer: Alegres Festas, mas corresponde ao clssico Feliz Natal!
A Comemorao das Famlias Judaicas
Chamada festa das luzes, tem incio aos 25 dias do ms de Kislev. Tem a sua origem na comemorao da vitria dos Macabeus sobre o exercito Srio, no ano 165 a.C. A vitria dos Macabeus, apesar de suas condies inferiores frente ao forte inimigo, do a este episdio um carter milagroso e infundem aos judeus um sentimento de admirao, impregnada de esperana.
A festa de Chanuc representa a vitria do monotesmo sobre a crena em vrios dolos, a vitria dos povos que lutam pela liberdade religiosa contra a tirania. Conta a histria que quando os judeus entraram no santurio, profanado durante os anos de domnio srio, na nsia de purificar o Templo procuraram acender de novo a Menor (candelabro), que deveria arder continuamente no altar. Mas, ali acharam somente uma nfora de leo com o selo do sumo sacerdote. Esta quantidade de leo seria suficiente para apenas um dia, e aconteceu ento um milagre: o pequeno cntaro supriu o candelabro durante oito dias, at que se pudesse obter leo fresco e puro.
O Talmud ensina que o Templo Sagrado de Jerusalm era o epicentro da presena Divina manifesta na Terra. A Menor do Templo s podia ser alimentada com azeite de oliva produzido de acordo com o ritual, em condies de pureza espiritual: sua luz era uma expresso fsica da luz espiritual que emanava do Templo. Por isso Chanuc conhecida como a Festa das Luzes e acende-se a chanukia, um castial de oito braos. Uma vela, ou pavio embebido em leo, aceso na primeira noite e uma mais em cada noite seguinte.
O milagre de Chanuc serve de lio a todos os seres humanos, no apenas aos judeus. Foi um Sinal Divino ao homem dizendo que mesmo quando Ele se mantm em silncio, Sua Presena se fez sentir. Um sinal de que mesmo sendo poucos, quando os bons e justos se reunirem com a vontade e a coragem de lutar pelo que certo, Deus lhes retribuir.
As crianas gostam muito desta festa, pois a tradio a envolveu com presentes, jogos e muita alegria.
Natal das Famlias Brasileiras
Uma homenagem a esta terra, Brasil, e ao seu povo que nos acolheu, tambm esta representada num dos pinheirinhos da Praa da Bandeira. A exemplo de outros locais, o Brasil recebeu jovens casais e famlias inteiras que saram de sua terra natal e aqui vieram em busca de oportunidade e uma melhor qualidade de vida.
Alemes, italianos, judeus, poloneses, espanhis, russos, portugueses, rabes, lituanos, romenos, holandeses, franceses, austracos, ucranianos, suecos, tchecos e tantos outros aqui chegaram, e adotaram esta terra como seu lar. Estes imigrantes, em conjunto com os nativos, somaram foras e foram decisivos para o desenvolvimento do ento Paiol Grande delineando, assim, o que hoje Erechim.
As etnias fizeram e fazem parte da nossa histria. Os imigrantes, que aqui se fixaram, ainda preservam suas tradies e, em alguns casos, mais do que no seu pas de origem, onde a modernidade e o avano tecnolgico j fizeram esquecer alguns costumes.
Nossa cidade, de um modo especial, absorveu a cultura de vrios pases. Aqui se percebe uma diversidade cultural nica e muito especial, que no encontramos com facilidade em outros lugares.
Manter a tradio e a cultura viva o que nos diferencia. Por isso, atravs deste projeto, pretendemos transmitir o sentimento de preservao e amor nossa cultura sem nunca esquecer a da terra que nos acolheu.
Se nossos jovens reconhecerem a importncia destes valores, teremos a garantia de um futuro mais humano e fraterno e a histria ser reescrita continuamente.
E como o Natal tempo de celebrao, nada melhor do que esta data para que, a partir deste ano, continuemos celebrando, no apenas a memria dos nossos antepassados, mas tambm a conquista do presente e a vitria do futuro. S amamos, defendemos e preservamos o que conhecemos.
Na Praa da Bandeira tambm esto representadas as etnias com maior representatividade no municpio, que aportaram em Erechim no incio do sculo 20. A cultura do Natal de Alemes, Italianos, Israelitas, Poloneses e Brasileiros, foi pesquisada pela responsvel pelo projeto artstico do Natal Rosane Cechet, e retratada em quatro grandes pinheiros e no Menor (candelabro mstico do povo judeu).
Natal das Famlias Alems
O Advento nas famlias alems era feito de acordo com os costumes da regio da Alemanha da qual vieram os imigrantes. A saudade da ptria que deixaram fazia com que se mantivessem os costumes. Para as crianas o Natal era a festa mais importante do ano. Contava-se os meses e os dias que faltavam para a sua chegada.
Um dos principais costumes era a confeco de uma Coroa de Advento, feita de cipreste, enfeitada por uma faixa de seda vermelha, sobre a qual eram colocadas quatro velas. A cada semana do Advento era acesa uma vela, enquanto se cantava e fazia oraes. A me costumava costurar roupas para toda a famlia e fazia bolachas de mel. Tambm, brinquedos eram feitos ou consertados pelo pai, pois no princpio comprar brinquedos era muito difcil.
Na semana de Natal cortava-se um pinheiro, que era enfeitado com cordes dourados e prateados, algodes (representando a neve) bolas e outros enfeites feitos de palha e vime. Embaixo do pinheiro colocava-se um prespio, ao redor do qual era feita uma paisagem em miniatura, com casinhas, pontes, montanhas rios e lagos. Os lagos eram feitos com espelhos, onde eram colocados patinhos. Na noite de Natal a famlia sentava diante do pinheiro. O pai lia a histria do nascimento de Jesus, a famlia cantava hinos natalinos e fazia oraes. Ento, eram entregues os presentes e logo aps fazia-se a ceia de Natal.
Natal das Famlias Italianas
O Natal na Itlia cheio de tradio ligada ao significado religioso. Um dos aspectos mais caractersticos o Prespio feito em muitas casas. O primeiro Prespio foi montado por So Francisco de Assis e retrata o nascimento de Jesus, na manjedoura. Nos dias anteriores a grande festa, as famlias preparam a rvore de Natal e o prespio.
Na noite de Natal todos se renem ao redor da rvore para rezar e trocar presentes. A ceia de Natal, servida logo a seguir preparada com antecedncia, e repleta de pratos gostosos que variam de regio para regio, como o cabrito assado e o peru. As avels, nozes e o vinho so servidos na noite de Natal porque na Itlia muito frio nesta poca e estas iguarias servem para dar mais energia e calor. Panetones, torrones e bolachas fazem a festa das crianas.
A meia noite celebrada a Missa do Galo, anunciando a chegada do menino Jesus. As comemoraes encerram dia 6 de janeiro com a "Festa da Epifania", dia em que os reis magos deram os presentes ao Menino Jesus. Somente aps este dia o prespio desmontado.
O Natal para os italianos um momento de reflexo e perdo,
recolhimento e aconchego com a famlia. No Brasil, esta tradio comeou a se expandir aps a Segunda Guerra Mundial, com os primeiros imigrantes.
Natal das Famlias Polonesas
De todas as comemoraes natalinas, a tradio mais forte entre as famlias polonesas a partilha do Oplatek. Na Ceia de Natal Wieczerza Wigylijna o Oplatek repartido em famlia, seguindo um ritual em que as pessoas se felicitam e tambm pedem perdo pelas suas falhas com o outro. O costume da partilha do Po, durante a ceia de Natal, no s une as pessoas entre si, mas destaca tambm, as suas ligaes com todos os seres espirituais. A partcula com cenas do nascimento de Jesus, acompanha os cartes de Feliz Natal.
O pinheirinho de Natal Choinka (leia-se: roinca) enfeitado pelas famlias polonesas com bolachas caseiras, enfeites de papel e de palha de trigo, balas, bombons, frutas, pinhas de rvores, algodo nos galhos e um cometa na ponta.
Sob a rvore, era montado o prespio Szopka (leia-se: chopka), com as figuras tradicionais da festa. H na Polnia, o costume de construir Prespios reproduzindo a arquitetura da cidade, agregando luzes e movimento. A regio que traz mais forte esta tradio a de Cracvia, onde acontecem concursos entre seus famosos fabricantes artesanais.
Entre o Natal e o Dia de Reis, os Kolednicy (leia-se: colendniti), cantores trajados segundo a tradio polonesa visitam as casas, acompanhados de algumas figuras que representam a vida, a morte, a fertilidade e a pureza. Entoam as Kolendas (leia-se colendas) que so canes especificas de saudao em honra ao Deus Menino, a So Jos, Nossa Senhora e demais personagens. Estas canes nasceram no meio do povo e foram, mais tarde, adotadas pela nobreza, que preferiram s suas, por serem mais autnticas e alegres. So cantadas at hoje pelas famlias, em reunies de amigos e por grupos que vo s casas no perodo do Natal.
Outra tradio importante so os coraes de mel, com os quais as pessoas presenteiam umas s outras declarando que as amam. Neste corao est a expresso Wesolych Swiat (leia-se: Wessouik Siviont) que literalmente quer dizer: Alegres Festas, mas corresponde ao clssico Feliz Natal!
A Comemorao das Famlias Judaicas
Chamada festa das luzes, tem incio aos 25 dias do ms de Kislev. Tem a sua origem na comemorao da vitria dos Macabeus sobre o exercito Srio, no ano 165 a.C. A vitria dos Macabeus, apesar de suas condies inferiores frente ao forte inimigo, do a este episdio um carter milagroso e infundem aos judeus um sentimento de admirao, impregnada de esperana.
A festa de Chanuc representa a vitria do monotesmo sobre a crena em vrios dolos, a vitria dos povos que lutam pela liberdade religiosa contra a tirania. Conta a histria que quando os judeus entraram no santurio, profanado durante os anos de domnio srio, na nsia de purificar o Templo procuraram acender de novo a Menor (candelabro), que deveria arder continuamente no altar. Mas, ali acharam somente uma nfora de leo com o selo do sumo sacerdote. Esta quantidade de leo seria suficiente para apenas um dia, e aconteceu ento um milagre: o pequeno cntaro supriu o candelabro durante oito dias, at que se pudesse obter leo fresco e puro.
O Talmud ensina que o Templo Sagrado de Jerusalm era o epicentro da presena Divina manifesta na Terra. A Menor do Templo s podia ser alimentada com azeite de oliva produzido de acordo com o ritual, em condies de pureza espiritual: sua luz era uma expresso fsica da luz espiritual que emanava do Templo. Por isso Chanuc conhecida como a Festa das Luzes e acende-se a chanukia, um castial de oito braos. Uma vela, ou pavio embebido em leo, aceso na primeira noite e uma mais em cada noite seguinte.
O milagre de Chanuc serve de lio a todos os seres humanos, no apenas aos judeus. Foi um Sinal Divino ao homem dizendo que mesmo quando Ele se mantm em silncio, Sua Presena se fez sentir. Um sinal de que mesmo sendo poucos, quando os bons e justos se reunirem com a vontade e a coragem de lutar pelo que certo, Deus lhes retribuir.
As crianas gostam muito desta festa, pois a tradio a envolveu com presentes, jogos e muita alegria.
Natal das Famlias Brasileiras
Uma homenagem a esta terra, Brasil, e ao seu povo que nos acolheu, tambm esta representada num dos pinheirinhos da Praa da Bandeira. A exemplo de outros locais, o Brasil recebeu jovens casais e famlias inteiras que saram de sua terra natal e aqui vieram em busca de oportunidade e uma melhor qualidade de vida.
Alemes, italianos, judeus, poloneses, espanhis, russos, portugueses, rabes, lituanos, romenos, holandeses, franceses, austracos, ucranianos, suecos, tchecos e tantos outros aqui chegaram, e adotaram esta terra como seu lar. Estes imigrantes, em conjunto com os nativos, somaram foras e foram decisivos para o desenvolvimento do ento Paiol Grande delineando, assim, o que hoje Erechim.
As etnias fizeram e fazem parte da nossa histria. Os imigrantes, que aqui se fixaram, ainda preservam suas tradies e, em alguns casos, mais do que no seu pas de origem, onde a modernidade e o avano tecnolgico j fizeram esquecer alguns costumes.
Nossa cidade, de um modo especial, absorveu a cultura de vrios pases. Aqui se percebe uma diversidade cultural nica e muito especial, que no encontramos com facilidade em outros lugares.
Manter a tradio e a cultura viva o que nos diferencia. Por isso, atravs deste projeto, pretendemos transmitir o sentimento de preservao e amor nossa cultura sem nunca esquecer a da terra que nos acolheu.
Se nossos jovens reconhecerem a importncia destes valores, teremos a garantia de um futuro mais humano e fraterno e a histria ser reescrita continuamente.
E como o Natal tempo de celebrao, nada melhor do que esta data para que, a partir deste ano, continuemos celebrando, no apenas a memria dos nossos antepassados, mas tambm a conquista do presente e a vitria do futuro. S amamos, defendemos e preservamos o que conhecemos.