O setor de Gestão de Pessoas vinculado ao Gabinete da Vice-Prefeita realizou nesta quarta-feira, dia 11, uma capacitação para um grupo de técnicos de enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde. Estas capacitações estão acontecendo de forma sistemática com os servidores da saúde. O objetivo é abrir espaço para discussões a respeito da prática, não na área técnica, mas sim na área das relações humanas no dia-a-dia da produção do trabalho em saúde.

          De acordo com a assessora de Gestão de Pessoas, Sônia Gotler, estas relações são complexas e precisamos trabalhar no sentido do entendimento através do diálogo. “Convivemos com dois paradigmas que discutem entre si a sua validade, ou seja, o modelo curativo e o modelo da prevenção e da promoção da saúde. Os dois têm sua validade. No entanto, o modelo curativo já tem o seu espaço constituído como prática resolutiva quando olhamos para a doença que já está instalada. Porém, o modelo de prevenção e promoção da saúde precisa começar a tomar corpo nas práticas dos trabalhadores da saúde, pois precisamos assegurar a sustentabilidade do SUS, que hoje trabalha muito calcado em práticas da assitência curativa, especializada e hospitalar que induz ao excesso de procedimentos tecnológicos e medicamentosos e, sobretudo, na fragmentação do cuidado, que oneram o sistema”.

          Segundo Sônia, “para que consigamos trabalhar neste modelo que se impõe como única saída para o cumprimento dos princípios do SUS, universalidade, equidade e integralidade, faz-se necessário a educação permanente. Esta educação não se faz apenas na educação formal, como é do senso comum pensar, mas sim em espaços não-formais e informais, sendo que estes espaços podem ser criados em qualquer lugar onde existam pessoas com vontade de discutir e mudar suas práticas para avançar no sentido de realizar as políticas públicas propostas pelo SUS. Por isso o interesse da gestão em saúde deste governo de criar os espaços para o encontro dos profissonais da saúde”.

          O setor de Gestão de pessoas busca facilitar a reflexão sobre as necessidades de mudanças na área das relações humanas, pois o modelo que preconiza a prevenção e promoção da saúde passa, antes de mais nada, pela humanização das relações entre gestores, trabalhadores da saúde e usuários, “pois sem perseguirmos o propósito de construirmos relações mais saudáveis entre os atores envolvidos na produção da saúde não avançaremos no processo de produzí-la”, disse ela.