Executivo destacou o trabalho voluntário desempenhado pelas pessoas que auxiliam o governo a administrar o município através do Orçamento Participativo

         Com a presença do prefeito Paulo Polis e da vice Ana Oliveira, foi realizado na noite desta quarta-feira (1º) a posse dos 295 delegados do Orçamento Participativo ciclo 2010-2011. Os delegados tem como função debater com a comunidade quais as obras prioritárias da região pela qual foi eleito. Também fazem o acompanhamento da execução dessas obras incluídas no Orçamento Participativo. Debatem em reunião com os integrantes do OP a forma de elaborar os orçamentos das obras a serem executadas. Participam do Fórum dos Delegados estabelecendo o valor destinado aos núcleos para realizar as demandas eleitas.

          Com satistação, o governo municipal, pode contabilizar a presença de um grande público nas assembleias do OP, durante o primeiro semestre desse ano: aproximadamente 2700 pessoas. O método utilizado foi bem assimilados pelos participantes na escolha das demandas. Foram 30 assembleias para definir as demandas para o ano de 2011, indicando também os delegados de cada núcleo participante. Foram eleitas 161 demandas escolhidas pelos 80 núcleos que participaram das assembleias.

          O Orçamento Participativo cumpre a sua proposta e nestes quase dois anos de atuação torna-se uma grande ferramenta de comunicação direta entre as comunidades e o poder público municipal.

          A posse dos delegados do Orçamento Participativo contou com a presença dos secretários: Anacleto Zanella (Educação), Edgar Paulo Marmentini (Cultura, Esporte e Turismo), Valdemar Loch (Fazenda) Hermes Kamanski (adjunto de Agricultura, Abastecimento e Segurança Alimentar), Nelci Dagostini (adjunta da Cidadania) e do professor Antônio Dirceu Borges, presidente da União das Associações de Moradores de Erechim.

União entre governo e comunidade

           O coordenador do OP, Jorge Psidonik, lembrou de quando morava na Linha Torresmo, interior de Erechim. “Quando se tinha uma safra de feijão, por exemplo, fazíamos um mutirão. Chamava-se a família toda, os vizinhos e íamos para a roça trabalhar juntos. Naqueles dias conversávamos em como melhor fazer a colheita. Sinto o Orçamento Participativo parecido com esta grande empreitada. Onde governo e comunidade se unem para resolver problemas juntos, em parceria. São problemas como o terreno que ainda não temos no bairro Pettit Village, como a Associação da Vila União, como o passeio da Bôrtolo Balvedi, e tantos outros. Mas juntos estamos conversando e buscando soluções. E muito temos o que comemorar como a reforma de salões comunitários, construções de ginásios como no KM 14 e no Bairro Atlântico, a praça do Loteamento Cotrel, ruas sendo asfaltadas e tantas outras obras que a gente vê acontecendo, como a escada solicitada pelo Núcleo Boa Vista para atravessar os trilhos. A prefeitura auxiliou e os moradores em mutirão construíram a escada”.

           Para ele, “este é o novo momento que estamos vivendo em Erechim. Momento que orgulha quem está incluído neste trabalho. Gratuito e voluntário de fazer o melhor pelo seu bairro, pela cidade como um todo”.

Trabalho voluntário e gratuito

           A vice-prefeita Ana Oliveira destacou a satisfação imensa em receber, cumprimentar e agradecer um a um os delegados do Orçamento Participativo. “Não é fácil agradecer em palavras este trabalho voluntário que vocês estão fazendo pelo município de Erechim, nos auxiliando na gestão”. Ana falou que todos os atos realizados pela administração estão voltados para o fortalecimento e o engrandecimento do berço familiar. Desde ações como a viabilização de moradias até o programa como o Mais Educação e o Cultura é 10, foram realizados pensando no bem-estar da família erechinense. “Muito obrigada pela disposição de vocês participarem da nossa proposta de governo”, sublinhou.

           “Foi na perspectiva de saber da população o que ela deseja para a sua cidade que o Orçamento Participativo foi criado. E a nossa parte é fazer com que a cidade avance e inclua as pessoas neste processo”. Foi reafirmando o seu compromisso que o prefeito Paulo Polis falou do que o OP representa para o governo municipal e porque Erechim se transformou em um canteiro de obras.

            São as parcerias que fazem projetos sair do papel e se transformar em realidade. “Com parcerias viabilizamos mais de1500 casas, trouxemos a Universidade Federal, a Escola Técnica e o Mais Educação. Colocamos produtos da agricultura familiar na merenda dos nossos alunos. São muitas ações sendo feitas, todas pensando no bem estar das pessoas. Não há distinção entre os bairros, entre localidades. Todos são beneficiados, pois reservamos recursos para cada um deles. Quando se possibilita a construção de um salão lá em uma comunidade distante é pensando na qualidade de vida das pessoas, pois muito mais do que realizar obra física é se preocupar com as pessoas que vão estar lá, desfrutando da obra realizada. Isso é elevar a auto-estima daquela comunidade”, disse ele.

            O prefeito reforçou o que disse em cada um das assembleias do OP. “O Orçamento Participativo é a maior obra da administração municipal. Vocês que nos ajudam a governar estão dando uma aula de democracia para este município. E isso não tem preço que pague”.

O Legislativo como um aliado

            O Poder Legislativo foi destacado pelo prefeito Polis. Desde a presença dos vereadores Lucas Farina, Sergio Alves Bento, Ernani Mello, José da Cruz e Jaime Basso nas assembleias do Orçamento Participativo, até a aprovação dos projetos na Câmara de Vereadores que beneficiam toda a população.

            O vereador Lucas Farina falou da satisfação em acompanhar as assembleias do Orçamento Participativo para na Câmara de Vereadores aprovar os projetos. “Se a cidade vive um bom momento no emprego, na habitação, na educação, tem muito da contribuição das pessoas que fazem esta cidade se desenvolver, como vocês que participam do Orçamento Participativo. Ao andar pelo interior e pela cidade, é gratificante ver as obras decididas por vocês sendo concretizadas”.

A responsabilidade de cada um

             Representando o Conselho dos Delegados do OP, Clarice Martarelo falou da responsabilidade da comunidade e do governo municipal para que a cidade seja cada vez mais um lugar agradável de se viver. “Nós da sociedade civil temos que cuidar do nosso patrimônio. Da nossa casa, do nosso passeio. A prefeitura, por sua vez, precisa cuidar das vias de acesso para ela, por exemplo. E neste processo, se cada um fizer a sua parte, tudo anda bem, a cidade fica bonita e os imóveis valorizados”.

              Reforçando o objetivo do Orçamento Participativo, de “que haja um consenso entre o que a comunidade deseja e o que a prefeitura tem condições de fazer”, ela disse que cabe a população dizer o que é prioridade para o seu bairro e levar esta necessidade para a prefeitura que tratará de executar a obra. Para ela, “a presença dos delegados lotando o Centro Cultural 25 de Julho mostra o quão interessados estamos para fazer a nossa cidade cada vez melhor”.