A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, através do diretor de Relações Institucionais e Socioeconômicas, Reinaldo Sartore, representou o município de Erechim no encontro que debateu o desenvolvimento de espaços comerciais, evento realizado em Curitiba/PR, nos dias 8 e 9 de outubro. Segundo ele, os temas propostos giraram em torno da troca de idéias e experiências de organização e potencialidade do comércio central e shopping a céu aberto.

          Reinaldo contou que os temas tratados vêm ao encontro de algumas das principais metas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que já fazem parte do plano de ações da atual administração municipal.

        Participaram do evento representantes de instituições de apoio, empresários, secretarias de Desenvolvimento Econômico e gestores de projetos desenvolvidos pelo Sebrae e Fecomércio na área de varejo. Em pauta, estratégias e ações aplicadas que seguem uma tendência cada vez mais forte no comércio varejista e de bens de serviços: a necessidade de organizar espaços comerciais, que apresentem um novo conceito de consumo, no qual os clientes encontrem ambientes mais seguros, confortáveis e, ainda, com opções de entretentimento.

       Presentes os diretores do Sebrae-PR e Fecomércio-PR e seus gestores de cinco cidades e as lideranças, câmara de vereadores, presidente de associações e entidades dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Bahia e do Rio de Janeiro. Foram apresentadas as experiências realizadas nas cidades paranaenses de Castro, Maringá, Marechal Rondon, Francisco Beltrão e Londrina, também em forma de case a Bahia e o Rio de Janeiro apresentaram seus projetos já finalizados com grande sucesso. O Rio de Janeiro implementou 11 núcleos e a Bahia implementou 5 shoppings a céu aberto em cidades tradicionais como Senhor do Bom Fim, Jequié, Ilhéus, Itabuna e Porto Seguro.

        A metodologia apresentada no encontro, prevê mudanças tanto na parte estrutural (fachadas e vias públicas), quanto na parte empresarial (especialmente no que diz respeito à visão de negócios), a fim de transformar as ruas de comércio central em uma nova realidade. A nova tendência vai ao encontro das aspirações do novo consumidor varejista e pretende trabalhar todo o ambiente e não somente a loja.

        A participação e o desenvolvimento do projeto do Sebrae na revitalização do comércio nas áreas centrais, organização do capital social do local e promover o associativismo e o cooperativismo, e o turismo de compras, bem como ampliar a competitividade das empresas participantes, são alguns dos objetivos do programa, em parceria com o poder público, que participa na restauração das fachadas e reurbarnização das vias públicas, com melhorias de calçamentos, iluminação pública, limpeza, câmeras de vigilância, transporte urbano, painéis de localização das lojas etc.

         O coordenador estadual do Setor do Comércio, Bens e Serviços do Sebrae/PR, Osmar Dalquano Junior afirmou: “Respeitamos a velocidade e decisões de cada localidade. Temos percebido que algumas das dificuldades são comuns a todas, como o crescimento grande e não planejado dentro do perímetro escolhido para acolher o Programa. Mas há, em cada uma delas, diferenças de necessidades e urgências”.

      Secretário de Desenvolvimento, Walmir Badalotti salienta que “Erechim está atenta aos acontecimentos e possibilidades, e cada vez mais próxima de uma revitalização central possível, socioeconomicamente vantajosa, com impactos benéficos a todos os munícipes e em consonância com as exigências da modernidade, com planejamento estratégico e ações conscientes”.

         Com a nova realidade advinda com as tecnologias do século XXI e a adesão das pequenas e médias cidades na construção de centro comerciais e shoppings e do e-commerce, os centros tradicionais de comércio de muitas cidades já estão em fase de desaceleracão econômica. “Em alguns casos, espaços de comércio central estão sendo dizimados e seus entornos se transformando em pontos de uso de drogas como o crack e prostituição, trazendo, com isso, uma grande desvalorização imobiliária. Essa nova maneira de “estar no mundo”, passa a exigir novas formas de pensar os espaços coletivos, especialmente a parte urbana central. Surge daí a necessidade da gentrificação, que já está ocorrendo nos grandes centros”, completou Reinaldo.