Equipamento de R$ 1,5 milhão integra ações do governo Polis através de parcerias com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) e executivo federal para ampliação da Unidade de Atendimento ao Câncer no Hospital Santa Terezinha. Custo total do projeto é de R$ 6,2 milhões

             Desembarcou em Erechim na manhã do último sábado, 29, o aparelho acelerador linear de combate ao câncer (Radioterapia). O equipamento doado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) ao Hospital Santa Terezinha teve um custo de R$ 1,5 milhão e integra o projeto do governo Polis de ampliar o atendimento no hospital. O investimento total na proposta é de R$ 6,2 milhões. Na semana passada, a prefeitura assinou contrato com a Caixa Econômica Federal para viabilizar as obras físicas necessárias para ampliação (será construído um novo prédio no próprio Santa Terezinha), no valor de R$ 4 milhões. O município entrará com uma contrapartida de R$ 700 mil.

             Atualmente o Santa atende uma média de 70 pacientes mês, realizando quase 800 sessões de Radioterapia mensais. Com mais`um acelerador linear a previsão é de que a capacidade aumente em pelo menos 50% podendo assim chegar a 105 pacientes mês e 1200 sessões de Radioterapia por mês.

           O acelerador linear, vindo direto da Europa, chegou a Erechim em 30 caixotes de madeira. Seu descarregamento demandou a contratação de um guindaste, e foi acompanhado de perto pelo prefeito Paulo Polis e pelos diretores do hospital Leonel Lanius e Rafael Ayub.

           O município tem, conforme o contrato assinado com a Caixa Federal, daqui para frente 120 dias para iniciar as obras de construção da área que irá receber o aparelho. Segundo o diretor técnico do Santa Terezinha, Leonel Lanius, o projeto arquitetônico da obra já foi aprovado pela Vigilância Sanitária estadual. Antes disso, porém, o hospital havia conseguido junto ao Conselho Nacional de Energia Nuclear a aprovação do projeto de instalação. O passo que antecede a abertura da licitação para execução da obra é a aprovação dos projetos complementares, o que deve se dar nos próximos dias. “Estamos com o cronograma de trabalho avançado”, garante Lanius.

             O projeto arquitetônico prevê a construção de mais um andar acima do local onde hoje fica a radioterapia e quimioterapia do Hospital. O local para o acelerador linear será construído no pátio interno do Hospital e haverá construção nova na área da antiga administração na Rua 20 de Setembro.

             Segundo o prefeito Paulo Polis, a conquista é coletiva e dialoga de forma direta com a proposta do governo municipal que é cuidar das pessoas. “Só quem teve um familiar com câncer sabe da angústia e da dor que se passa ao longo do tratamento. Esperamos que com o acelerador linear possamos salvar vidas, e contribuir para a felicidade de muitas famílias”, destaca Polis.

O que é um acelerador linear

              A radioterapia é uma modalidade médica que utiliza radiações ionizantes com a finalidade de fazer tratamento. Assim, necessita de fontes emissoras de radiação ionizante que atendam as necessidades radioterápicas, que são obtidas, entre outros, através de aparelhos que convertem outras formas de energia (geralmente energia elétrica) em radiação ionizante.

               O acelerador linear, neste contexto, é um dispositivo utilizado dentro do serviço de radioterapia, que tem como função emitir a radiação utilizada em diversos tratamentos. As radiações emitidas por ele são os raios x de alta energia ou elétrons acelerados (partícula beta).

             Os raios x são ondas eletromagnéticas que tem um grande poder de penetração nos tecidos humanos e por isso são utilizados para tratamentos de câncer profundo; os elétrons possuem menor poder de penetração com relação aos raios x e são geralmente indicados para tratamentos superficiais.

            Existe um ideal de substituir praticamente todos os aparelhos que trabalham com elementos radioativos pelo acelerador linear. Por ser uma fonte que depende de energia elétrica para que a radiação seja emitida, ele torna-se uma fonte mais segura com relação aos elementos radioativos.