https://www.pmerechim.rs.gov.br//noticia/4908/meio-ambiente-orienta-sobre-podas-em-rvores
15/02/2011
Meio Ambiente orienta sobre podas em árvores
Meio Ambiente orienta sobre podas em árvores
Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com o inverno se aproximando, todos os anos pode-se verificar uma verdadeira decepa de árvores localizadas nos passeios. A poda não é proibida, porém alerta que deve ser feita de forma a preservar a vida do vegetal, o que não acontece quando se faz a chamada “poda drástica”.
Para realizar uma poda, a SMMA orienta para que sejam deixados na planta 70% das folhas e galhos que existem, sempre respeitando o formato natural da copa da árvore, que pode ser globosa (jabuticaba), piramidal (cipreste), guarda-chuva (guapuruvu), oval (plátano), e mistas (ipê). Também a SMMA se coloca à disposição de qualquer contribuinte para orientar sobre podas, bem como a escolha de árvores para o plantio.
A orientação é de que, na hora de plantar uma árvore, procure saber sobre a espécie que pretende plantar, sua altura, porte, raízes, frutos, flores e sementes, para que não traga inconvenientes no futuro como a quebra de passeios e a poda drástica.
As espécies para passeio sob rede de eletricidade mais indicadas são: araçá, pitanga, quaresmeira, goiaba da serra, cocão, angelim de morcego, aroeira vermelha. Não são indicadas para passeio: ligustre, canela-doce, cinamomo, cedro, canafístula, timbaúva, plátano, tipuana, eucalipto (árvores de grande porte).
Para podas de galhos que tocam os fios, a RGE possui uma equipe habilitada para realizá-la, podendo o contribuinte solicitar a poda através do telefone 0800-900900.
Orientação
A poda drástica é aquela onde são retirados mais de 50% dos galhos e folhas, fato este que gera, com o passar do tempo, a morte do vegetal por apodrecimento e inanição. Se não, vejamos: a poda, tecnicamente, é realizada para forçar a planta a uma condição extrema, que é a produção maior de frutos ou flores, onde ela pode esgotar suas reservas de energia se não houver correta adubação e calagem.
A planta “pensa” que está sendo ameaçada e que irá morrer, e por isso precisa deixar seus descendentes e perpetuar sua espécie. Outros fatores importantes que levam à morte do vegetal pela poda drástica são a infiltração de água da chuva nos galhos podados (que nunca deve ser feito com facão, pois lasca os galhos), gerando o apodrecimento dos mesmos e o consequente bloqueio da brotação, que para de aconetcer.
A fotossíntese é imprescindível para os vegetais porque ela é a chave da nutrição das plantas, que acontece nas folhas. As plantas também “comem”, como nós. Sem folhas, qualquer nutriente que a planta absorva nas raízes nunca chegará a alimentá-la, porque para isso é necessário que a luz solar incida sobre as folhas e gere reações químicas.
Também é certo que se cortamos galhos e folhas, a raiz começa a perder sua função de absorver nutrientes para que a parte aérea possa aproveitá-los, e acaba por morrer. E morrendo muitas raízes todos os anos, a planta se esgota de forma a não mais conseguir brotar, porque não tem mais a energia que precisa, como nós, para realizar suas funções vitais. É como se ela morresse por inanição ou “fome”.