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16/02/2011
Famílias beira-trilhos começam mudança para o Loteamento Aeroporto
Famílias beira-trilhos começam mudança para o Loteamento Aeroporto
As primeiras famílias que vão residir no Loteamento Aeroporto fizeram a mudança para a nova moradia nesta quarta-feira, 16. De acordo com o Departamento Municipal de Habitação, estão sendo relocadas inicialmente 14 famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social, morando em locais precários na beira dos trilhos, no bairro Santa Isabel. Dentre elas, quatro casos que tiveram suas casas queimadas, estando abrigadas em casa de familiares.
As demais famílias moradoras das beira dos trilhos do bairro Santa Isabel e algumas do Polígono 21 de abril terão a mudança e o desmanche da casa realizados pela empresa América Latina Logística (ALL). A previsão para a conclusão desta primeira etapa é março, quando 42 famílias beira-trilhos já estarão no novo lar. Além dos beira trilhos, também estão sendo atendidas famílias moradoras de área de risco, projeção de ruas e famílias em situação de risco social.
O Loteamento Aeroporto é resultado de uma parceria entre os governos municipal e federal, através da Caixa. O empreendimento se deu com recursos do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC I) com a construção de 110 casas entre os Loteamento Pôr-do-Sol e Aeroporto. O município forneceu os lotes e toda a a infraestrutura, mais o acompanhamento técnico, como contrapartida.
O prefeito Paulo Polis não mediu esforços para que a habitação chegasse à população mais necessitada e humilde. Segundo ele, a dignidade de uma família também passa por ter um lar, condições dignas para morar. Por isso o governo municipal, se empenhou não só em garantir a área, mas dar todo apoio às famílias, através do trabalho técnico social no acompanhamento e organização social das famílias atendidas, com o repasse de informações, orientações e encaminhamentos.
A assistente social do Departamento de Habitação, Márcia Bitencourt, é quem vem desenvolvendo este trabalho. Ela relatou que as pessoas que estão sendo transferidas estão muito felizes, emocionam-se quando recebem a autorização para morar no novo lar. “É um momento muito especial, porque vão deixar aquela situação de moradia precária e de marginalização, como beira-trilhos em uma área invadia, para serem donos da casa própria, com toda a regularização feita”, disse.
Os beneficiados dos dois Loteamentos são famílias humildes, grande parte sobrevive com o auxilio do Programa Bolsa-Família, trabalham de maneira informal como domésticas diaristas, na construção civil, realizando bicos ou ainda na reciclagem do lixo. Elas vão pagar pela casa R$ 6.000,00 parcelados em 125 meses, recebendo o imóvel de 38,4 m² em forma de concessão de uso por cinco anos. Se depois do prazo estiver quitada, a Prefeitura passa para o nome da família.
“O objetivo disso é evitar a venda destes imóveis, porque muitos têm dificuldade em valorizar o bem. Estão acostumados a negociar moradias que valem R$ 1.000,00 entre si, pois nunca tiveram uma casa regularizada, onde não corressem o risco de serem despejados. Por isso fizemos um trabalho social orientando para valorizem a nova residência da família”, completou Márcia.
Ela informou que mesmo depois de instaladas, as famílias continuarão tendo o acompanhamento social no processo de adaptação ao local, bem como de apoio à inserção no mercado de trabalho. “São pessoas que tem dificuldade em encontrar trabalho, pois não tinham sequer um endereço como referência”, concluiu.