Projeto da secretaria municipal de Saúde pôde ser compartilhado com representantes de escolas estaduais de ensino médio de Erechim. Sugestões de atividades interdisciplinares foram propostas pelas coordenadoras do projeto, que já visa ações para o dia mundial de luta contra a AIDS

           O auditório da 15ª Coordenadoria Regional de Educação, recebeu na última quinta-feira (10) professores da rede estadual, que trabalham diretamente com o ensino médio. O objetivo do encontro foi de discutir dados sobre as DST´s e principalmente o HIV/AIDS entre os jovens. Através do Serviço de Assistência Especializada em DST/AIDS da secretaria municipal de Saúde, a enfermeira Luciana Bevilaqua e a psicóloga Lisiane Munaretto palestraram para os professores presentes sobre esse tema complexo, e que requer muito diálogo e acesso à informação.

           Com a proximidade do dia 1/12, data que se comemora o dia mundial de luta conta a AIDS, a secretaria municipal de Saúde pretende debater o assunto da AIDS, principalmente entre os jovens. Pensando nessa estratégia, a conversa entre as integrantes do Sistema de Assistência Especializada em DST/AIDS e os professores, foi no sentido de alertar para a importância da prevenção e da assistência às pessoas portadoras de HIV/AIDS, diminuindo dessa forma o estigma em relação à doença e estimulando a promoção da solidariedade com as pessoas portadoras do HIV/AIDS.

           Vasto material foi entregue aos representantes das escolas para trabalharem com seus alunos sobre o tema. A promoção de atividades que conscientizem os jovens nas escolas, foi debatido também com os professores, segundo a enfermeira Luciana Bevilaqua “a iniciativa requer divulgação, orientação e sensibilização da população em geral, especialmente os estudantes do ensino médio, sobre as formas de transmissão das DST´s/AIDS, salientando a importância do auto cuidado e da qualidade de vida”, disse.

           Ao descentralizar a realização de orientações em prevenção de DST´s/AIDS, as técnicas acabaram sugerindo atividades interdisciplinares nas escolas. “O diálogo aberto é sempre importante, para tanto algumas sugestões como a moderação de discussões em grupo através de questões relacionadas ao HIV/AIDS são importantes, assim como o incentivo à atividades lúdicas, a estimulação à criação de cartazes relacionados ao tema da prevenção, a reprodução de vídeos sobre sexualidade, aplicação de questionários relacionados ao tema sexualidade e HIV/AIDS, o desenvolvimento de dados estatísticos sobre a doença, entre outras formas produtivas e criativas de se tratar um assunto tão sério e que não escolhe suas vítimas pela classe social”, salienta a psicóloga Lisiane Munaretto.

           Segundo dados da ONU, o vírus da AIDS matou mais de 25 milhões de pessoas pelo mundo desde o seu descobrimento nos anos 1980. Estima-se que no Brasil existam cerca de 600 mil portadores da doença. Até o ano passado cerca de 36 milhões de pessoas são portadoras do vírus da AIDS no mundo, por dia 7000 pessoas são contaminadas pelo HIV, destas quase a metade não sabe que são portadoras do vírus, e em torno de 1000 são crianças e 41% são jovens entre 15 e 24 anos.