Prefeitura Municipal de Erechim - Reformas do Castelinho são aprovadas pelo IPHAE
Conteúdo

https://pmerechim.rs.gov.br//noticia/6291/reformas-do-castelinho-so-aprovadas-pelo-iphae

25/05/2012

Reformas do Castelinho são aprovadas pelo IPHAE

Reformas do Castelinho são aprovadas pelo IPHAE

Reformas do Castelinho são aprovadas pelo IPHAE

  

Governo Municipal teve retorno da entidade e acatará algumas observações feitas pelo instituto. Prefeito repassou documento para comprovação e registro junto ao COMPHAC

 

           Durante a manhã da última quarta-feira (23-05), o prefeito Paulo Polis, juntamente com a secretária municipal de Cultura, Esporte e Turismo Clarisse Maronesi, a coordenadora de Turismo Michele Sansigolo dos Santos, a arquiteta Adesane Creste, entregou em mãos do presidente do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural de Erechim (COMPHAC), Alexandre Lírio, documento enviado pelo IPHAE (Instituto do Patrimônio Histórico e artístico do Estado) que é responsável pela provação e o cuprimento das normas estabelecidas na cessão de uso ao município do Castelinho, aprovando e acrescentando alguns pontos ao projeto apresentado pelo governo Municipal, no que diz respeito a restauração do patrimônio histórico em questão.

 

           No conteúdo do documento o IPHAE parabeniza a prefeitura de Erechim pela iniciativa, e lembra que “o prédio do Castelinho , antiga sede da Comissão de Terras, é um dos raros imóveis em madeira ainda existentes na cidade, sendo representativo do período de implantação da imigração no Estado, no início do século XX; como bem de interesse cultural tombado pelo Estado e referencial urbano na cidade, deve ser mantido em boas condições, evitando-se descaracterizações e intervenções que possam comprometer a visualização das fachadas”.

 

           O Governo Municipal apresentou no dia 20 de março, o projeto de restauro do Castelinho, contratado junto a uma empresa especializada em restauração de prédios históricos. A apresentação foi realizada pelo arquiteto Fernando Oltramari, que detalhou o estudo realizado sobre as necessidades e patologias do prédio, que, cem anos após o início de sua construção, apresenta visíveis danos causados pelo tempo.

 

            Para a elaboração do projeto de restauro, dois pontos fundamentais foram levados em consideração: a restauração dos danos existentes ao prédio e também sua utilização consciente e sustentável depois da restauração. Como pontos mais urgentes apontados pelo diagnóstico dos especialistas, destacam-se a substituição dos materiais de pontos essenciais do prédio e a reparação de danos causados pelo tempo e pelo uso do edifício.

 

          Para o prefeito Paulo Polis, “por toda a simbologia que este prédio carrega consigo, acreditamos que o restauro e a conservação do Castelinho são essenciais para a preservação de nossa identidade cultural. Por se tratar de um prédio tombado, tivemos dificuldades para encontrar empresa especializada para fazer este projeto, mas ele finalmente foi estruturado e agora damos um passo importante, através do IPHAE, para o início dessas obras”, constata.

 

           A Prefeitura já iniciou a retirada da iluminação natalina do prédio, preparando-o para o início do restauro e realizando a limpeza visual do prédio, tanto interna como externamente.O próximo passo é aguardar o documento final de aprovação com as alterações apontadas pelo IPHAE, em seguida o projeto terá encaminhamento licitatório.

 

Saiba mais sobre o Castelinho

 

          Este prédio em madeira, construído entre 1912 e 1915, serviu para abrigar a Comissão de Terras do Estado do Rio Grande do Sul, órgão que projetou e demarcou as ruas, avenidas, lotes urbanos e rurais de Erechim. É um símbolo vivo da colonização, que traduz o esforço, o trabalho e o progresso dos colonizadores. É o prédio em madeira mais antigo da cidade.

 

           A obra foi contratada pelo Sr. Guilherme Franzmann e construído pelo Sr. Germano Müssig, entre 1912 e 1915, e inaugurado em 20 de abril de 1916. A madeira veio do município de Getúlio Vargas, e as pedras, que formam os alicerces, vieram das cabeceiras do Rio Dourado. Foram transportadas pelo Sr. Olinto Zambonatto. O prédio do Castelinho ocupa uma área equivalente a 603,91 m².

 

           O Castelinho está tombado como Patrimônio Público pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Em 1988 passou para o domínio do município de Erechim. Atualmente, o prédio abriga ao Centro de Apoio ao Turista e o Memorial da Comissão de Terras.