O prefeito de Erechim, Paulo Alfredo Polis, e a vice-prefeita, Ana Oliveira, receberam a direção da URI Campus de Erechim na sede do executivo municipal para assinar um protocolo de intenções garantindo apoio do poder público à viabilização do Curso de Medicina da Universidade.

O diretor geral do Campus, Paulo Sponchiado, explicou ao prefeito Polis os passos que já foram dados pela instituição na consolidação do projeto. Conforme Sponchiado, nas instâncias internas da URI (conselhos e colegiados), o curso de Medicina já está consagrado. No entanto, explica o diretor, é preciso haver a interação e comprometimento de toda a comunidade do Alto Uruguai, incluindo seus representantes políticos, para que as etapas seguintes sejam superadas. Além disso, será necessário o estabelecimento, de forma sistemática e institucionalizada, de protocolos de cooperação entre gestores do SUS de Erechim e região e o Curso de Medicina.

Primeira visita

A visita ao prefeito Polis representou o primeiro contato oficial da direção da URI com um líder político, no intuito de garantir a Medicina em Erechim. Os diretores Paulo Giollo (Administrativo), e Elizabete Zanin (Acadêmica), integraram a comitiva da Universidade ao lado do Coordenador do futuro Curso, Dr. Sérgio Bigolin, e da Coordenadora do departamento da área da saúde da URI, Miriam Salete Wilk Wisniewski.

‘Quem ganha é a comunidade`, avalia o prefeito

Para o prefeito Polis, o Curso de Medicina da URI nasce com o espírito comunitário próprio da Universidade, e foi elaborado em seu projeto pedagógico e de gestão por pessoas que conhecem a realidade local, entendem de saúde e, acima de tudo, tem compromisso com a cidade e a região. “Vamos fazer o que pudermos para contribuir na viabilização do Curso em Erechim, pois temos a certeza que quem sairá ganhando com isso será a comunidade, que passará a contar com mais médicos atendendo em nossos hospitais, na UPA e nas UBS´s. Não bastasse isso, vejo que há estrutura técnica para defendermos este bom projeto”, garantiu Polis tão logo assinou o protocolo de intenções com a Universidade.

O protocolo deve evoluir em até 60 dias para a assinatura de termos de convênios e cooperação, que serão necessários junto aos Hospitais, Unidades Básicas de Saúde (UBS´s), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Ambulatório de Saúde Mental.

Novos cursos somente por editais

Desde o início de 2013, novos cursos de medicina serão abertos somente com a publicação de editais de chamamento público do Ministério da Educação. Com base em levantamento do governo federal, serão selecionados municípios que tenham condições de receber os cursos. O Curso da URI pretende entrar na primeira leva dos novos editais – o que deve acontecer entre 2013 e 2014.

Entre as condições básicas para uma instituição oferecer curso de medicina está a existência de pelo menos três programas de residência médica nas especialidades prioritárias — clínica médica, cirurgia, ginecologia-obstetrícia, pediatria e medicina de família e comunidade. Estudos mostram que a fixação de médicos em uma região está diretamente ligada ao período em que o profissional cumpre a residência médica.

No Brasil, funcionam hoje 197 cursos de medicina, dos quais 78 em instituições públicas, sendo que o país tem 1,8 médico por mil habitantes. O número é baixo em relação a outros países, como Uruguai (3,7) e Argentina (3), além de Estados Unidos (2,4), Alemanha (3,6), França (3,5), Espanha (4) e Portugal (3,9).