Encontro em Erechim reuniu associações e cooperativas ligadas ao fomento da economia Solidária

A organização socioeconômica dos catadores é o principal objetivo da Cadeia Binacional do Pet em fase de implantação na região Norte do Estado e que terá sede em Passo Fundo. O assunto foi tema de um encontro realizado nesta quinta-feira (18), no Salão Nobre da Prefeitura de Erechim e promovido pelo governo municipal em parceria com a Secretaria Estadual da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe).

No evento, os representantes de associações e cooperativas de recicladores discutiram a criação do estatuto para a Cadeia Solidária Binacional do Pet. O projeto tem como meta organizar os recicladores e incentivar a separação e venda de pets para cooperativas de transformação do material e fibra para tecidos. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, hoje o Brasil produz em média 9 bilhões de garrafas pet por ano. Mais da metade, ou seja, 53% dessa produção não é reaproveitada. Cerca de 4,7 bilhões são descartadas na natureza, contaminando rios, indo para os lixões ou ficando espalhadas em terrenos vazios. “A Cadeia Solidária deverá além de preservar o meio ambiente, também distribuir renda para os catadores de formar mais justa”, explicou a diretora do Departamento de Incentivo e Fomento a Economia Solidária Nelsa Nespolo.

A Cadeia do Pet também trará emprego e renda para fiadores, tecelãs, costureiras e artesãos de todo país. Em Erechim a ideia é qualifica ainda mais a coleta seletiva e o trabalho das associações. “É por isso, que o Grupo de Trabalho em Reciclagem compostos por representantes das secretarias municipais, está empenhado em criar oportunidades e buscar novos mercados para os recicladores”, destacou a coordenadora do GTR Clarisse Maronesi. Para os recicladores é grande a expectativa pela concretização do projeto. “Nosso trabalho como catadores é digno. Temos um papel importante na preservação da natureza e a implantação da Cadeia Solidária do Pet será uma outra forma de ganhar mais, de valorização para nossas famílias”, disse a recicladora erechinense Marli de Souza Silva.