O prefeito de Erechim, Paulo Polis, recebeu no salão nobre da prefeitura na tarde desta quarta-feira (11) um grupo de lideranças e agricultores atingidos pela demarcação da área indígena do Mato Preto. Na ocasião, os membros da comissão do Mato Preto expuseram ao prefeito a atual situação das demarcações de terras na região. Nos próximos dias, Polis deverá agendar audiências sobre o tema com o gabinete do governador do Estado e também em Brasília, junto ao ministério da Justiça. A proposta do prefeito é de buscar construir um entendimento que garanta a permanência dos produtores em suas terras.

Segundo a Comissão, as demarcações no Mato Preto alcançam 4.230 hectares, compreendendo os municípios de Getúlio Vargas (87% da área total demarcada), Erebango (9%) e Erechim (4%). Os representantes do movimento alegam que o assunto – que também está sendo discutido na Justiça – é de importância social, e coloca em risco a condição de cerca de 300 famílias de produtores rurais da região que tiram das terras demarcadas seu sustento. A referida área de 4.230 hectares seria, conforme levantamento da FUNAI, destinada a 63 índios guaranis.

Participaram da reunião o prefeito de Getúlio Vargas, Pedro Paulo Prezzotto, o vice-prefeito de Erebango, Vilmar Vechiatto, o vereador de Erechim, Lucas Farina, os secretários de Agricultura de Erechim, Luis Carlos Parise, e de Comunicação, Salus Loch, o presidente do Sindicato Rural de Getúlio Vargas, Leandro Granella, o vereador de Getúlio Vargas, Nilton Scariot, além dos produtores rurais que integram a Comissão do Mato Preto.