O município de Erechim tem duas escolas entre as 10 melhores do Brasil com programas de inclusão de pessoas com deficiência na Educação Infantil. O Ministério da Educação (MEC) selecionou experiências das escolas de Educação Infantil Irmã Consolata, do bairro Koller, e a Dom João Aloísio Hoffman, do bairro Progresso. Da mesma forma, a prefeitura de Erechim, através da Secretaria de Educação, tem seu trabalho reconhecido.

Na tarde desta segunda-feira (11) a consultora do MEC e pesquisadora do Centro Nacional de Referência de Tecnologia Assistiva, Lília Barreto, foi à Secretaria de Educação para fazer um levantamento sobre como o secretário da pasta, Alderi Oldra, e a coordenadora da Educação Inclusiva de Erechim, Maria Salete, fazem a gestão dos trabalhos de inclusão no município. Segundo Oldra, as 13 escolas de Educação Infantil de Erechim promovem inclusão.

Na manhã de terça-feira (12), a consultora irá visitar as duas escolas para conhecer pessoalmente as experiências. Ela explica que das 10 selecionadas em todo o Brasil, seis receberão o Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas, que é concedido pelo MEC e pela Organização dos Estados Íbero Americanos (OEI).

“Nós vamos visitar a todas as 10 cidades que entendemos que têm os melhores programas de inclusão de pessoas com deficiência. Vamos avaliar como funciona a política de inclusão, a relação entre pais e alunos, os relatos das experiências de pais, professores, alunos, direção e também as parcerias entre os profissionais da educação e instituições de Ensino Técnico, Superior e de Pós-Graduação”, explicou.

De acordo com Oldra, o município desenvolve a inclusão em conjunto com a Faculdade Anglicana de Erechim (FAE), com a Universidade Regional Integrada (URI), com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), com o Instituto Técnico Federal (Ifet), e com a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). O secretário explica que com o programa há a integração entre alunos com deficiência e alunos que não possuem problema algum.

“Eu até me emociono de falar, porque quando vemos que a inclusão dá certo, que os alunos sem deficiência interagem tratando com igualdade aqueles que têm algum problema, quando presenciamos os pais e os professores maravilhados em ver que eles participam das atividades, que estudam e se apresentam como todos os outros, aí entendemos que muitas brigas valem a pena ser compradas. Não tem preço que pague a alegria que a inclusão promove”, afirma Oldra.

Em Erechim são 286 alunos com deficiência incluídos no Ensino Fundamental e 26 no Ensino Infantil. Segundo Oldra, para que um pai matricular seu filho, basta entrar em contato com a Secretaria Municipal de Educação ou com as escolas infantis do município.