Prefeitura Municipal de Erechim - Secretaria de Educação de Erechim está entre as três melhores do Brasil

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27/11/2013

Secretaria de Educação de Erechim está entre as três melhores do Brasil

Secretaria de Educação de Erechim está entre as três melhores do Brasil

 

A Escola Municipal de Educação Infantil Irmã Consolata, no bairro Koller, também está entre os 3 melhores projetos de inclusão de alunos do País, conforme a Organização dos Estados Ibero-Americanos e Ministério da Educação

 

 

 

 

 

A educação de Erechim é considerada uma das três melhores do Brasil em projetos de inclusão de crianças com deficiência em sala de aula. Nesta terça-feira (29), a Escola Municipal de Educação Infantil Irmã Consolata e a Secretaria Municipal de Educação foram reconhecidas pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e pelo Ministério da Educação (MEC), no 3º Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas.

 

 

 

No total foram avaliados 140 projetos de escolas e secretarias municipais de todo o Brasil, sendo que além de Erechim receberão a premiação como secretaria de Educação referência os municípios de Florianópolis (SC) e Governador Valadares (MG).

 

 

 

De acordo com a consultora do MEC e pesquisadora do Centro Nacional de Referência de Tecnologia Assistiva, Lília Barreto, que esteve em Erechim no dia 11 de novembro, foram analisadas a política de inclusão, a relação entre pais e alunos, os relatos das experiências de pais, professores, alunos, direção e também as parcerias entre os profissionais da educação e instituições de Ensino Técnico, Superior e de Pós-Graduação.

 

 

 

O prefeito de Erechim, Paulo Polis, destacou a conquista e reforçou que o compromisso do município é formar e incluir as crianças e os jovens do município no processo de aprendizagem, da creche à universidade.

 

 

 

“Sabemos do trabalho e da obstinação dos membros da equipe da Educação ontem e hoje quando o assunto é qualidade do ensino e inclusão dos alunos em sala de aula. Esta conquista, com foco na inclusão dos alunos do ensino infantil, é fruto de uma construção histórica, e merecida. Parabéns, a todos que integram esta grande corrente do bem, e parabéns também à nossa secretaria de Educação, que é uma das três melhores do Brasil, entre mais de 5,5 mil municípios”, pontua o prefeito.

 

 

 

Conforme dados do Atlas do Desenvolvimento Humano 2013, além do destaque no processo de inclusão de crianças com deficiência em sala de aula, o município de Erechim já oferece a melhor qualidade de ensino entre as cidades gaúchas com mais de 50 mil habitantes.

 

 

 

O secretário de Educação de Erechim, Alderi Oldra, acredita que a estrutura que o município oferece para a área foi determinante para que o município tivesse o projeto escolhido como modelo nacional de inclusão. Oldra destacou o trabalho em conjunto.

 

 

 

“A consultora saiu de Erechim se dizendo maravilhada com o que o município oferece na educação, não só de material físico, mas também de investimento humano. O que nós temos aqui é um trabalho em conjunto com professores, alunos, pais, direção, funcionários e uma administração que dá atenção especial para a Educação. Esse prêmio nos emociona por ser um reconhecimento ao esforço de todos”, declarou o secretário titular de uma das três melhores secretarias de Educação do Brasil.

 

 

 

“Nós contamos com professores bidocentes para o atendimento às crianças. Geralmente as escolas colocam apenas auxiliares para cuidar das crianças com deficiência, profissionais que nem professores são. Aqui em Erechim é diferente, nós colocamos professores para cuidar dessas crianças. Além disso, ele não tem função secundária ao professor que dá a aula, mas sim há um trabalho em conjunto, em que os dois professores têm a mesma importância”, contou Oldra.

 

 

 

Além da Irmã Consolata, Erechim teve também a Escola de Educação Infantil Dom João Aloísio Hoffmann, entre as 10 melhores do Brasil concorrendo ao prêmio de Educação Inclusiva. Os trabalhos de inclusão de estudantes com deficiência nas escolas são coordenados pela professora Maria Salete Torres.

 

 

 

Em Erechim são 286 alunos com deficiência incluídos no Ensino Fundamental e 26 no Ensino Infantil. Segundo Oldra, para um pai matricular seu filho, basta entrar em contato com a Secretaria Municipal de Educação ou com as escolas infantis do município.

 

 

 

 

 

 

 

Projeto integra deficientes na sociedade

 

 

 

A integração de estudantes com deficiência na sociedade foi determinante para que a Educação de Erechim fosse apontada como uma das três melhores do Brasil. De acordo com as diretoras das escolas Irmã Consolata e Dom João Aloísio Hoffmann, muitas chegam sem falar, andar e até sem reconhecer as pessoas à volta e, em poucos meses, já brincam e interagem com professores e com as outras crianças.

 

 

 

A experiência com a estudante Samantha Vitória Sega, de 5 anos, que tem paralisia cerebral, foi a que garantiu o prêmio de educação inclusiva para a Irmã Consolata. A diretora da escola, Manoela Rigo, fala sobre os avanços das crianças que sofrem com alguma deficiência e também sobre a receptividade dos outros estudantes.

 

 

 

“A Samantha não interagia, tinha dificuldade para mexer as mãos, não socializava. Hoje ela brinca com as outras crianças, consegue se comunicar, reconhece as pessoas à sua volta. No início as outras crianças ficavam curiosas, achavam diferente, ficavam bastante em volta da Samantha. Mas depois de um tempo passaram a tratar ela com normalidade, da mesma forma como recebem qualquer outra criança. E é isso que queremos, ensinar a conviver sem diferenças”, declarou.

 

 

 

O projeto faz, inclusive, com que pais permaneçam morando em Erechim, como é o caso de Sheila Fassina, que é mãe de um dos estudantes com paralisia cerebral que são atendidos pela escola Irmã Consolata, Victor Fassina Enrich, de 5 anos.

 

 

 

“Eu iria embora para outra cidade, mas por causa do atendimento que Erechim oferece, acabei ficando. Porque o Victor aprendeu a conviver com as pessoas, a ter disciplina, a saber esperar, até a mexer as mãos e se comunicar. Hoje ele gosta tanto, que não quer faltar a nenhuma aula. E aqui o trabalho é tão bem feito, ele é tratado como uma criança normal, como qualquer outro estudante, e é isso que ele é”, disse a mãe.

 

 

 

A diretora da Irmã Consolata conta que há um trabalho em conjunto que vai desde a busca do aluno em casa e passa pela qualificação do atendimento de todos os funcionários. Ela conta que sabia da grandeza da experiência, mas que mesmo assim ficou surpresa com o prêmio.

 

 

 

“Nós mandamos nossa experiência para o MEC avaliar. Mas como era o Brasil todo, não imaginávamos que ela chamaria tanta atenção. A Secretaria de Educação fornece transporte adaptado para quem tem necessidades especiais, depois na escola, desde quem atende na portaria, os professores, coordenadores, a funcionária da limpeza, todos são preparados para atender aos alunos. Por isso que receber um prêmio como esse nos deixa muito feliz, é o reconhecimento a um conjunto grande de um trabalho”, declarou.

 

 

 

Na Escola Dom João Aloísio Hoffmann, que ficou entre as 10 melhores experiências do Brasil, o trabalho e o resultado não são diferentes. A diretora, Inajara Vargas, conta que a escola participou com a experiência do estudante Marcos Dias, de 5 anos, que tem Síndrome de Down.

 

 

 

“Quando propuseram de a gente fazer esse trabalho, no início tivemos medo e pensamos 'será que vai dar certo?' Mas nossa! O resultado é tão recompensador. O Marcos, por exemplo, não andava, não falava. Hoje ele corre com as outras crianças, brinca normalmente, participa de todas as atividades igual a todos. Nós vemos em todas as crianças que são atendidas, que vale a pena, que tem resultado”, contou Inajara.

 

 

 

Para o secretário municipal de Educação, Alderi Oldra, o reconhecimento do MEC e da OEI servem de incentivo para que mais seja feito pela educação. “No Brasil todo é inédito uma cidade ter duas escolas entre as melhores. A maioria dos estados brasileiros não tiveram nenhuma experiência selecionada e nós tivemos três, sendo as duas escolas e a secretaria. Isso nos motiva muito, a educação tem muitos desafios, mas vale a pena enfrentar”, afirmou.