Erechim está entre os 25 municípios contemplados para implantação da Patrulha

O município de Erechim, através da secretaria de Cidadania, foi contemplado pelo Governo do Rio Grande do Sul com a Patrulha Maria da Penha. Erechim está entre os 25 municípios contemplados para implantação da Patrulha com capacitação da rede de atendimento marcada para esta quarta-feira, 30 de abril, às 9 horas no Plenário da Câmara de Vereadores.

Encontro da rede de atendimento
Criada em 2012 pela Secretaria Estadual de Segurança Pública, a Rede de Atendimento da Segurança Pública para Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar – Patrulha Maria da Penha está em fase de expansão no Rio Grande do Sul.
De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança, policiais militares do município já foram capacitados para atuar na Patrulha Maria da Penha. Devem participar o encontro em abril associações ligadas a políticas públicas para mulheres, representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, conselhos municipais, profissionais da educação, assistência social, psicologia, saúde, além da sociedade civil e órgãos de segurança pública.

Patrulha Maria da Penha
A Patrulha Maria da Penha – integrada à Rede Lilás da Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres – é um serviço humanizado de vigilância sistemática, realizado pela Brigada Militar vinculada à Secretaria de Segurança do RS. As rondas nas comunidades são feitas em viaturas identificadas com a Rede Lilás e o Telefone Lilás do Centro Estadual de Referência da Mulher, que inibem agressores e antecipam situações de violência em prol da proteção das mulheres. As mulheres assistidas pela Patrulha são monitoradas através de busca ativa.

Números da violência contra mulher em Erechim
De acordo com a secretária de Cidadania, Maria Dolores Gollin – idealizadora desse importante reforço no combate à violência contra a mulher erechinense – são mais de 690 casos de violência contra a mulher registrados na Delegacia de Polícia para Mulheres somente neste ano (até 17 de abril). “São praticamente 200 casos por mês e, infelizmente, essa é a realidade de algumas famílias que sofrem junto com as mulheres a violência sofrida no âmbito familiar”, frisa Dolores ressaltando que nos dois últimos anos (2012 e 2013) a Delegacia registrou mais de 5,4 mil casos de violência contra a mulher em Erechim.
“Mesmo com o registro desse número de ocorrências, sabemos que os casos de violência ultrapassam as estatísticas já que muitas mulheres não procuram ajuda e nem denunciam os seus agressores e o silêncio só não protege a vítima”, afirma.
“As mulheres não podem se calar, pois com isso estarão colocando em risco suas vidas. É preciso denunciar para que a violência tenha um fim. Vale ressaltar que considera-se como violência o uso intencional de força física ou do poder – real ou ameaça – que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”, ressalta a secretária de Cidadania.

Políticas públicas para mulheres
“Para mudarmos essa realidade e disponibilizarmos às mulheres da nossa cidade mais uma ferramenta para o enfrentamento à violência é que estamos nos integrando à Patrulha Maria da Penha do Governo do RS”, explica Dolores. “As mulheres que experimentam a violência sofrem uma série de problemas de saúde, e sua capacidade de participar da vida púbica diminui. A violência contra as mulheres prejudica as famílias e comunidades de todas as gerações e reforça outros tipos de violência predominantes na sociedade”, pontua a secretária de Cidadania, afirmando que é sabido que ainda há um longo caminho a trilhar para acabar com a violência.
“Apesar de sabermos que precisamos avançar para definitivamente eliminarmos a violência contra a mulher, também podemos comemorar muitas conquistas para Erechim, como a criação da Coordenadoria da Mulher que está vinculada à Secretaria de Cidadania e a implantação da Delegacia de Polícia para as Mulheres na nossa cidade e, agora a Patrulha Maria da Penha. É através de ações públicas, privadas e individuais que iremos seguir nesta caminhada que tem como meta proteger as mulheres e garantir qualidade de vida para a sociedade”, destaca Dolores.