Prefeitura Municipal de Erechim - Jaguaretê é modelo estadual com Mais Educação
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21/05/2014

Jaguaretê é modelo estadual com Mais Educação

 

Escola lança programa e é a única do Rio Grande do Sul a ter educação em tempo integral no campo

 

 

 

 

 

 

 

A Escola Municipal Jaguaretê é a primeira do Rio Grande do Sul a oferecer educação em tempo integral no campo e irá servir de modelo para outras escolas no estado. Desde fevereiro com o Mais Educação em andamento, a Escola Jaguaretê realizou na última sexta-feira (16), à noite, o ato de lançamento do programa. Além de qualificar a educação, a prefeitura de Erechim tem o objetivo de incentivar a permanência de jovens no campo.

 

 

 

Com a entrada do Jaguaretê com ensino integral, agora Erechim conta com sete escolas com educação em dois turnos. Mais de 1,5 mil estudantes do Ensino Fundamental são beneficiados, com atividades no turno inverso ao ensino tradicional, que envolvem oficinas culturais, esportivas, música, danças, informática, iniciação científica, agroecologia, dentre outras.

 

 

 

De acordo com dados levantados pela equipe da escola, a educação no campo em tempo integral tem grande aceitação entre as famílias. Das cerca de 70 que foram ouvidas, a satisfação é superior a 90%. Os números foram apresentados durante o ato de lançamento do programa, que contou também com apresentações artísticas dos estudantes e homenagem às mães.

 

 

 

Segundo a vice-diretora e professora comunitária da escola, Rosmari Pelin, que apresentou o levantamento, os pais apontam as melhorias que percebem nos estudantes. “São cerca de três meses com o programa em andamento e temos o relato dos pais de que há melhoras na concentração, raciocínio e disciplina dos filhos. Eles se expressam melhor, as notas aumentam, e também têm mais vontade de irem às aulas, por conta das atividades diferenciadas”, afirmou.

 

 

 

O secretário municipal de Educação, Alderi Oldra, comemorou os resultados. “No início houve certa resistência das famílias, para implantar a educação no campo em tempo integral. Mas agora, com três meses do programa em andamento, os pais e os próprios estudantes aprovam, porque são visíveis as melhorias. Nós já tínhamos a experiência positiva na cidade e agora queremos os mesmos resultados no campo”, declarou.

 

 

 

O suporte para que haja sucessão das famílias nas propriedades rurais, é vista pelo secretário de Coordenação e Planejamento, Anacleto Zanella, como um dos pontos mais importantes da educação em tempo integral no campo. A migração dos jovens para o meio urbano é motivo de preocupação, por em poucas décadas haver o risco de não ter quem produza alimentos no campo.

 

 

 

“A decisão dos pais, de investir na educação integral, foi a mais acertada. Os filhos serão melhor preparados e ainda mais capazes. Além disso, muitos vão permanecer como agricultores, mas com mais qualidade que seus antecessores, com conhecimento para ter uma vida melhor no campo”, apontou Anacleto.

 

 

 

Além de Anacleto, Oldra e Rosmari, também participaram do lançamento a diretora da escola, Cleusa Olukoski, o deputado estadual Altemir Tortelli, o vereador Lucas Farina, além de servidores municipais e a equipe da Escola Municipal Cristo Rei, que deu apoio para a implantação do projeto no Jaguaretê.

 

 

 

 

 

Escola será exemplo para estado

 

 

 

De acordo com o deputado estadual, Altemir Tortelli, que esteve presente no evento, a experiência pioneira de Erechim vai ser levada ao resto do Rio Grande do Sul. “Esse exemplo tem que ser reproduzido para todas as cidades do estado e quem sabe até mesmo para o resto do Brasil. Enquanto muitas escolas do campo estão sendo fechadas, em Erechim a escola no meio rural é fortalecida”, destacou.

 

 

 

O deputado, que vai apresentar a proposta ao Governo do Estado e aos parlamentares, explica o porquê de o êxodo rural ser tão preocupante. “Com o abandono dos jovens, que largam o meio rural pelas vantagens da cidade, as propriedades ficam sem sucessor. Hoje 70% dos alimentos que vão à mesa têm origem da agricultura familiar. Sem esses agricultores, quem irá produzir? Pagaremos um custo elevado para termos alimentos”, alerta.

 

 

 

O deputado acrescenta que a experiência do Jaguaretê inverte a lógica do êxodo. “Com a educação em tempo integral, os estudantes podem perceber que ficar no campo pode ser vantajoso e que com conhecimento há sim como ter um futuro promissor no meio rural, da mesma forma que na cidade. Se há 30 anos tivessem pensado na educação para o campo, como Jaguaretê está fazendo, hoje teríamos uma situação diferenciada.”