https://www.pmerechim.rs.gov.br//noticia/8827/seminrio-no-jaguaret-defende-permanncia-no-campo
11/08/2014
Seminário no Jaguaretê defende permanência no campo
Famílias que investem no meio rural, contam experiência de permanecer no interior
Para os jovens que vivem no campo, o estudo pode significar um caminho para se qualificar e deixar o meio rural para morar na cidade. Mas, pelo menos na Escola Jaguaretê esse não é o futuro apontado. Foi justamente o incentivo à permanência no campo que esteve em pauta no último final de semana, com o primeiro Seminário Escolar da Agricultura Familiar. Nele, foram apresentados depoimentos de quem investe na vida no interior de Erechim.
O encontro ocorreu na tarde do último sábado, no Ginásio de Esportes do Jaguaretê, com a presença da vice-prefeita, Ana Oliveira, de secretários municipais, vereadores, a Emater, servidores da prefeitura, educadores, estudantes e pais e comunidade em geral. O Seminário discutiu uma das grandes preocupações da atualidade, que é o êxodo rural. Com a saída dos jovens do campo, muitas propriedades não conseguem sucessores e acabam encerrando as atividades.
O secretário municipal de Agricultura, Luis Parise, aponta a preocupação. “São os agricultores que produzem grande parte dos alimentos que vão para a mesa das pessoas na cidade. Cerca de 70% dos alimentos são de origem da agricultura familiar. Se não tiver mais quem produza, como será nosso futuro, quanto vão custar os alimentos? Por isso é tão importante a forma como a educação é trabalhada no Jaguaretê, e a iniciativa de se fazer um seminário defendendo a permanência”, aponta.
A Escola Jaguaretê é a primeira do estado a ter modelo de educação em tempo integral no campo. São cerca de 70 famílias que têm estudantes beneficiados com práticas de oficinas culturais, esportivas, música, danças, informática, iniciação científica, agroecologia, dentre outras. Segundo a vice-prefeita, outros pontos são importantes, em conjunto à educação diferenciada.
“Desde 2009 a comunidade do Jaguaretê recebeu computadores para alunos e professores, unidade básica de saúde, ampliações e melhorias na escola, o ginásio de esportes reformado. Não basta uma educação que mostre que há como ter vida com qualidade no campo se não há condições para que os produtores permaneçam. Por isso é importante tanto o investimento na educação quanto em outras prioridades”, afirmou.
Sobre a educação em tempo integral, o secretário municipal de Educação, Alderi Oldra, destaca a mudança da metodologia para educar no campo. “Queremos o incentivo à permanência no campo, mas para isso os estudantes têm que receber educação para que tenham uma vida de qualidade. Com conhecimento e qualificação, a vida pode ser boa nas propriedades rurais”, declarou Oldra.
Além da vice-prefeita e dos secretários, estiveram presentes no seminário a diretora da Escola Jaguaretê, Cleusa Olukoski, o presidente da Câmara, Sergio Bento, o vereador Lucas Farina e a diretora de Educação Integral, Juliana Wrublewski. O seminário foi realizado pela prefeitura, em conjunto com a Escola Jaguaretê, e as entidades apoiadoras Emater, Sutraf-AU, Capa e Cetap.