Levantar ações para melhorar a vida das pessoas portadoras de algum tipo de deficiência foi o que propôs a I Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizado nesta quarta-feira (13) no auditório da UFFS e promovido pela Prefeitura de Erechim através da Secretaria Municipal de Cidadania e do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência - Compede.

                Segundo a sua presidente, Renata Nunes, as deliberações propostas na Conferência serão levadas para discussão junto ao Conselho Estadual durante Conferência a ser realizada em novembro. “Nossa meta é, daqui dois anos, quando a próxima conferência municipal for realizada, que já tenhamos eliminado algumas deliberações levantadas nesta, e nos anos seguintes não precisar realizar a conferência por termos todos os direitos alcançados”, falou.

                Para a secretária de Cidadania, Dolores Golin, “a causa da pessoa com deficiência é uma das mais nobres que podemos estar envolvidos e é em espaços democráticos como o da conferência que as políticas públicas ganham força”. A secretária também destacou o papel das mães, “que dedicam todo seu amor para incluir seus filhos na sociedade”.

                O secretário de Educação, Alderi Oldra, falou do compromisso do poder público com a inclusão de crianças com deficiência em sala de aula. A Escola Municipal de Educação Infantil Irmã Consolata e a Secretaria Municipal de Educação foram reconhecidas pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e pelo Ministério da Educação (MEC), no 3º Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas no final de 2013. As 13 escolas de Educação Infantil de Erechim promovem inclusão. São 286 alunos com deficiência incluídos no Ensino Fundamental e 26 no Ensino Infantil.

                O evento contou com palestra proferida pelo membro do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Paulo Kroeff que palestrou sobre “Os direitos e a qualidade de vida da pessoa com deficiência”.  Conforme ele, todos nós temos direitos que não são reconhecidos. É daí que surge a necessidade de criar os conselhos. “Os Conselhos de Direitos representam uma conquista social, mas também atestam nossa fragilidade em garantir as prerrogativas de parcelas extremamente significativas de nossa população. Os Conselhos de Direitos são muito necessários, mas nossa grandeza nessa área só será atingida quando pudermos dispensar essas estruturas legais por termos alcançado um desenvolvimento étnico universal, no qual uma sólida cultura de defesa dos direitos humanos seja uma prioridade de todos”, destacou.

                O evento foi interpretado para a Língua Brasileira dos Sinais - Libras pela Apada.