Estudantes da Escola Municipal Jaguaretê, do interior de Erechim, vão criar abelhas sem ferrão. A proposta de trabalho, realizado através do Programa Mais Educação, na disciplina de Agroecologia, servirá para preservar a espécie nativa, que é uma das principais polinizadoras das plantas da região. A atividade contou com orientação do Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA) de Erechim, através de seu representante Vitor Hollas, que realizou oficinas nas últimas semanas.

“Passamos informações para os estudantes sobre as características dessas abelhas, que têm porte pequeno e são tecnicamente chamadas de Meliponas. Elas são responsáveis por até 90% da polinização de nossas plantas nativas. Por isso é tão importante o resgate e a preservação”, explicou.

Para fazer o trabalho, estudantes do 1º ano a 8ª série montaram iscas para capturar os enxames. “Eles utilizaram garrafas plásticas, potes de sorvete e outros recipientes recicláveis. Mais tarde as abelhas serão transferidas para o meio ambiente, em caixas definitivas. Além de serem polinizadoras, elas também produzem mel, que é de ótima qualidade e tem propriedades medicinais”, destacou a professora comunitária do Jaguaretê, Rosmari Pelin.

Além de aprender sobre a preservação de abelhas, a disciplina também ensina práticas de plantio e de produção de alimentos. Através das atividades em tempo integral, os estudantes construíram também uma horta e uma estufa, nas quais produzem alimentos para consumir na merenda. O Mais Educação oferece ainda oficinas culturais, esportivas, música, danças, informática, iniciação científica, agroecologia, dentre outras.