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05/12/2014
Unesco estuda educação inclusiva de Erechim
Pesquisa, que envolve 10 cidades brasileiras, é feita em parceria com MEC e ONG Mais Diferenças
Pesquisa, que envolve 10 cidades brasileiras, é feita em parceria com MEC e ONG Mais Diferenças
A Educação Inclusiva de Erechim é tema de pesquisa por parte da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), que avalia o município junto a outros nove de todo o Brasil. O estudo é feito com a participação da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação (MEC), e da ONG Mais Diferenças. O relatório do levantamento será enviado à Unesco em fevereiro de 2015, para depois ser publicado.
Nesta semana, a consultora externa da ONG Mais Diferenças, a psicóloga Flaminia Propersi, esteve em Erechim para fazer a coleta dos dados. O roteiro incluiu visitas aos trabalhos de escolas municipais da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, do Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA), além de setores da Secretaria Municipal de Educação.
“Para escolher os 10 municípios do Brasil, levamos em conta critérios que envolveram apontamentos de especialistas em educação de renome nacional, indicadores institucionais e dados bibliográficos. O que queremos é identificar e divulgar as boas práticas em inclusão e fortalecer programas, projetos e políticas alinhadas à educação inclusiva”, declarou.
A coleta de dados contou com o auxílio do secretário municipal de Educação, Alderi Oldra, da coordenadora de Educação Inclusiva, Maria Salete Torres, e da diretora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Anelise Bianchi. Questionada sobre o trabalho de inclusão de Erechim em relação a outros municípios brasileiros, a consultora não revelou detalhes sobre a avaliação, mas ressaltou a seleção para o estudo.
“Eu não posso dar juízo de valor sobre Erechim e outras localidades. Mas posso dizer que estou satisfeita com os dados colhidos. O fato de estar entre os 10 municípios escolhidos no Brasil, já coloca Erechim em uma posição exemplar de educação inclusiva”, disse.
Esta não é a primeira vez em que a educação inclusiva de Erechim recebe destaque. Em 2011 a Unesco já havia reconhecido a prática, através da experiência do CEJA. Em 2012, a inclusão de estudantes com deficiência em sala de aula normal rendeu a Erechim um dos principais prêmios a administrações públicas gaúchas, o Prêmio Gestor Público.
Em 2013, com a experiência de inclusão da Escola Irmã Consolata, do Aldo Arioli, a educação inclusiva de Erechim recebeu seu maior reconhecimento, escolhida como melhor do Brasil, pelo MEC e pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI). O prefeito de Erechim, Paulo Polis, que durante a semana esteve reunido com a consultora, acompanhado do secretário Oldra, e do secretário municipal de Coordenação e Planejamento, Anacleto Zanella, falou sobre o trabalho.
“Para que haja crescimento, desenvolvimento, não existe melhor caminho do que investir na educação. E ela precisa ser para todos. Qualquer pessoa, independente de suas diferenças, virtudes ou limitações, tem o direito de ter acesso à educação. Fico muito feliz que o trabalho que realizamos esteja recebendo reconhecimento. É mais um incentivo para que continuemos em frente”, comentou Polis.
O secretário de Educação aponta a estrutura envolvida para garantir a inclusão. “É um trabalho que envolve servidores da Educação, diretores, professores, coordenadores, o motorista do transporte que leva os estudantes, os porteiros, as merendeiras, o pessoal da limpeza, enfim, todos têm que se preparar para atender bem o estudante. É devido ao trabalho em conjunto que Erechim tem sido tão reconhecido na Educação. Por isso, só tenho a agradecer o quanto cada um se empenha”, afirmou.